Home Brasil Morte de JK será reavaliada por comissão de mortos políticos do MDH

Morte de JK será reavaliada por comissão de mortos políticos do MDH

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A Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP), do Ministério dos Direitos Humanos, quer retomar as investigações sobre a morte do ex-presidente Juscelino Kubitschek, fundador de Brasília, em 1976. As causas são motivo de contestação desde a ditadura militar.

A Comissão — extinta durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) — encontra-se em Recife (PE) nestas quinta-feira (13/2) e sexta-feira (14/2) para uma audiência pública, na qual está pautada a manifestação do assessor especial do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, Nilmário Miranda, sobre a reanálise. Esta é a terceira reunião da CEMDP desde que a recriação.

Em 2024, o Ministério dos Direitos Humanos havia sido instado pelo ex-vereador por São Paulo Gilberto Natalini, que presidiu à Comissão Municipal da Verdade a reabertura da investigação.


Morte de JK

  • O ex-presidente Juscelino Kubitschek morreu em 22 de agosto de 1976, depois que o Opala em que estava atravessou o canteiro central na altura do Km 165 da via Dutra, em direção ao Rio de Janeiro, invadiu a pista oposta, sentido São Paulo, e colidiu de frente com uma carreta.
  • Tanto JK quanto o motorista dele, Geraldo Ribeiro, morreram na colisão.
  • Diversas investigações já feitas tentam descobrir por que o motorista perdeu o controle do Opala. A mais recente descarta a hipótese de que uma colisão imediatamente anterior causou a batida na carreta.

Causa do acidente

Ainda durante a ditadura militar, as investigações concluíram que, logo antes da colisão com a carreta, o Opala teria sido atingido por um ônibus da viação Cometa, ao tentar ultrapassá-lo.

A mesma causa foi apontada pela Comissão Nacional da Verdade (CNV) em 2014.

Já uma apuração realizada pelas comissões estaduais da Verdade de São Paulo e Minas Gerais, além da Comissão Municipal da Verdade de São Paulo, concluiu que Juscelino Kubitschek foi vítima de um atentado político. De acordo com o grupo, nunca houve batida entre o Opala e o ônibus: o carro se desgovernou por alguma ação externa, seja sabotagem mecânica, seja tiro, seja envenenamento do motorista.

Por fim, em 2019, um inquérito civil conduzido pelo Ministério Público Federal (MPF) ao longo de seis anos excluiu de vez a hipótese de que houve uma colisão entre o ônibus da viação Cometa e o Opala.

O inquérito ainda concluiu ser “impossível afirmar ou descartar” a hipótese de atentado, uma “vez que não há elementos materiais suficientes para apontar a causa do acidente ou que expliquem a perda do controle do automóvel”.

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