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Servidor que fraudou eleição é acusado de bater cabeça da ex no chão

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A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) investiga um servidor da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) do Governo do Distrito Federal (GDF) por ameaçar de morte, espancar e perseguir uma funcionária da Central de Abastecimento do Distrito Federal (Ceasa). Após um relacionamento abusivo, durante quatro anos, a vítima passou foi esganada, teve a cabeça batida no chão diversas vezes e ficou em cárcere privado quando tentou colocar um ponto final da relação. O caso é investigado pela Delegacia Especial de Atendimento à Mulher I (Deam I).

De acordo com os relatos da vítima, o servidor Hessley Brito dos Santos — alvo da Operação Degola, deflagrada pela Polícia Civil, em setembro de 2024, para desarticular suposto grupo cibercriminoso que tentou fraudar as eleições para o Conselho Tutelar do DF — sempre foi  agressivo. Em 18 de março deste ano, o agressor invadiu o local de trabalho da vítima e a xingou de “puta”, “vagabunda” e “desgraçada” na presença do chefe da vítima. Ela estava na copa quando ouviu os gritos. Desde então, a vítima teve um pedido de medida protetiva de urgência deferido pela Justiça.

Quando ainda estavam juntos, Hessley se descontrolou quando a companheira afirmou que queria se separar. O servidor afirmou que pegaria uma faca e que ela só sairia de lá morta. Em janeiro deste ano, Hessley disse a uma amiga da então companheira que ele era “psicopata” e que a “mataria caso ela se envolvesse com outra pessoa”. A funcionária da Ceasa contou aos policiais que o servidor já a agrediu de diversas formas, incluindo puxões de cabelo, tapas e a enforcou com um “mata-leão”.

Veja imagens do servidor acusado de ameaçar de morte, agredir e perseguir ex-companheira:

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Cárcere privado

Já em 20 de fevereiro deste ano, quando a mulher tentou sair de casa novamente, o agressor arrancou o celular dela, trancou as portas e a manteve presa dentro da residência. No mesmo dia, a vítima foi enforcada e teve sua cabeça batida contra o chão diversas vezes. As agressões permaneceram nos dias que se seguiram e, em 2 de março, ambos foram a um restaurante almoçar e a mulher estava, mais uma vez, com intenção de terminar a relação.

Ao receber a notícia, o servidor fico transtornado. Ele apertou o braço da vítima com força para impedir que ela fosse embora. A mulher conseguiu se desvencilhar e ir até ao banheiro, onde pediu um carro por aplicativo e conseguiu fugir do local. Em seguida, o agressor passou a enviar mensagens para a vítima. Após o término, Hessley começou a conversar com uma amiga em comum que possui com a vítima, tentando convencê-la a intermediar uma reconciliação, ideia que a ex-companheira rejeitou

Alvo de operação

Em 21 de setembro de 2023, o então gerente de Políticas Sociais da Administração Regional de Santa Maria, Hessley Brito dos Santos, foi alvo de mandado de busca e apreensão cumprido pela Polícia Civil do DF. A Operação Degola foi deflagrada com objetivo de desarticular suposto grupo cibercriminoso que tentou fraudar as eleições para o Conselho Tutelar do DF.

Hessley Brito é técnico em assistência social e à época, estava cedido à Administração Regional de Santa Maria. Ele foi nomeado gerente de Políticas Sociais em 12 de abril de 2023, segundo publicação do Diário Oficial do Distrito Federal (DODF).

A coluna procurou o servidor para ouvi-lo, que respondeu por meio de nota. Leia abaixo, na íntegra:

“Diante das recentes alegações divulgadas em relação ao processo judicial envolvendo Hessley Brito dos Santos, sua defesa vem a público esclarecer que todas as acusações formuladas pela suposta vítima são veementemente negadas. As informações que circulam representam uma versão unilateral dos fatos, que será devidamente contestada no âmbito do devido processo legal em momento oportuno. Reafirmamos nosso compromisso com a verdade e a justiça, confiando plenamente na atuação do Poder Judiciário para esclarecer os acontecimentos de maneira técnica, isenta e baseada em provas concretas. Ressaltamos que Hessley Brito dos Santos ainda não teve a oportunidade de se manifestar formalmente nos autos e que, em respeito aos princípios do contraditório e da ampla defesa, sua versão dos fatos será apresentada no momento oportuno. É fundamental destacar que qualquer julgamento precipitado, baseado exclusivamente em alegações não comprovadas, compromete não apenas a imparcialidade do processo, mas também a dignidade e a honra e a integridade física do nosso cliente. A presunção de inocência é um direito fundamental garantido pela Constituição Federal, e a defesa tomará todas as medidas cabíveis para assegurar que essa garantia seja respeitada. Além disso, reiteramos a necessidade de, responsabilidade na divulgação de informações, especialmente em casos de grande sensibilidade como este. A disseminação de narrativas parciais pode gerar danos irreparáveis à reputação de uma pessoa que ainda não teve a oportunidade de apresentar sua defesa perante as autoridades competentes. Por fim, Hessley Brito dos Santos reafirma sua total disposição para colaborar com a Justiça e confia que, ao final do processo, a verdade prevalecerá. Manteremos o compromisso de acompanhar os desdobramentos do caso e adotar todas as providências necessárias para garantir que os esclarecimentos sejam prestados de forma adequada, com respeito ao Estado Democrático de Direito e aos princípios que regem um julgamento justo e equilibrado”.

 

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