A Polícia Federal (PF) vai incorporar o discurso do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante o ato com apoiadores na Avenida Paulista, em São Paulo, neste domingo (25/2), às investigações sobre a suposta tentativa de golpe de Estado.
Fontes confirmaram ao Metrópoles que há indícios de “admissão de culpa” nas falas de Bolsonaro. O discurso do ex-presidente será transcrito e inserido nos autos da “narrativa golpista”.
Para milhares de apoiadores, Bolsonaro se defendeu das acusações de suposta tentativa de golpe de Estado e adotou postura mais amena ao criticar o Supremo Tribunal Federal (STF) e os seus ministros.
ato de bolsonaro na paulista deputados e governadores
Bolsonaro ao lado de governadores e deputados federais em trio elétrico na Avenida Paulista
Marcelo Chello/Especial Metrópoles
bolsonaro discurso na paulista
Bolsonaro discursa na Avenida Paulista
Marcelo Chello/Especial Metrópoles
bolsonaro e michelle 2 em ato na paulista 25.02.24
Bolsonaro e Michelle em ato na Avenida Paulista
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imagem aérea de ato de bolsonaro na avenida paulista 25.02.24
Imagem cedida ao Metrópoles
apoiadores de bolsonaro lotam avenida paulista 25.02.24
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apoiadores acompanham fala de bolsonaro na paulista
Marcelo Chello/Especial Metrópoles
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Na Paulista, o ex-presidente afirmou que busca a pacificação do país e pediu a anistia dos criminosos presos pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.
“Golpe é tanque na rua, é arma, é conspiração. Nada disso foi feito no Brasil. Por que continuam me acusando de golpe? Porque tem uma minuta de decreto de estado de defesa”, disse. “Golpe usando a Constituição? Deixo claro que estado de sítio começa com presidente convocando conselho da República. Isso foi feito? Não”, completou Bolsonaro.
PF também investiga ato de defesa de Bolsonaro na Avenida Paulista
Os investigadores da PF acreditam que é possível deduzir que o ex-presidente tinha conhecimento da existência das minutas golpistas, bem como sabia da tentativa de impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Além das falas de Bolsonaro, a corporação apura a realização do próprio ato na Avenida Paulista. A manifestação é vista como uma espécie de provocação, de acordo com os investigadores.