Em um feito inédito, pesquisadores da Universidade Wuyi, na China, desenvolveram rins humanos gerados parte em laboratório e parte dentro de porcos. Os detalhes do experimento foram publicados nesta quinta-feira (7/9) na revista Cell Stem Cell.
A pesquisa pode representar, no futuro, uma nova alternativa para aliviar as filas de transplante sem depender necessariamente de doadores humanos, acreditam os cientistas.
“Órgãos de ratazanas já foram produzidos em camundongos e vice-versa. As tentativas anteriores de cultivar órgãos humanos em porcos não tiveram sucesso, mas nossa abordagem melhora a integração das células humanas nos tecidos receptores”, afirma o pesquisador Liangxue Lai.
De acordo com os cientistas, os porcos são um alvo altamente atraente devido às semelhanças na fisiologia e no tamanho dos órgãos, bem como no desenvolvimento embrionário.
Rim humano desenvolvido em suínos
No novo estudo, os pesquisadores coletaram células-tronco de humanos, que podem se transformar em qualquer célula do corpo, e as inseriram em embriões de porcos.
“Para produzir células humanas com competitividade intra-nicho superior, combinamos condições otimizadas de cultura de células-tronco pluripotentes com a superexpressão induzível de dois genes pró-sobrevivência (MYCN e BCL2)”, explicam os autores do estudo no artigo científico.
Como resultado, os embriões desenvolveram rins semelhantes aos de humanos. Os embriões foram implantados em mães porcas, onde se desenvolveram durante 28 dias (quatro semanas) antes de serem retirados para passar por uma análise mais criteriosa.
De acordo com os cientistas, cinco embriões desenvolveram rins normais, com até 60% de células humanas. Os pesquisadores acreditam que em breve será possível desenvolver rins totalmente humanos.
“Nossas descobertas demonstram a prova de princípio da possibilidade de gerar um órgão primordial humanizado em porcos com deficiência de organogênese, abrindo um caminho excitante para a medicina regenerativa e uma janela para estudar o desenvolvimento renal humano”, consideram.
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Os rins têm como função principal filtrar o sangue e eliminar substâncias tóxicas que podem afetar o bom funcionamento do organismo. Quando perde a habilidade de funcionar, o corpo passa a apresentar quadro de insuficiência renal
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Em outras palavras, a insuficiência renal é causada pela incapacidade do rim de exercer sua principal função e, consequentemente, não conseguir impedir que grandes quantidades de resíduos e impurezas fiquem no sangue. Quando isso acontece, o organismo para de funcionar corretamente podendo evoluir a situação do paciente para óbito
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Levando em consideração a velocidade com que a perda da função renal acontece e que os sintomas surgem, o problema pode ser dividido em duas categorias: insuficiência renal aguda ou crônica
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A insuficiência renal aguda é diagnosticada quando a redução da função dos rins acontece de maneira reversível. Já na insuficiência renal crônica, a perda da função é gradual, não tem cura e os sintomas são progressivos
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Entre as principais causas do problema, pode se destacar a falta de hidratação, lesões causadas no órgão devido a pedras na região e uso de medicamentos fortes ou em excesso. Além disso, também pode ser causada por conta de diabetes, hipertensão, sepse, presença de cistos nos rins e Síndrome hemolítico-urêmica
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De uma maneira geral, os principais sintomas são: pouca urina, urina com espuma, cheiro forte ou com cor escura. Além disso, a pessoa doente pode apresentar dor na parte inferior das costas, inchaços irregulares nos pés e nas pernas, falta de apetite, tremor nas mãos, formigamentos nos pés, vômitos, náusea, febre alta, cãibras e cansaço frequentes
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O diagnóstico é realizado por meio de exames de sangue e de urina. Além disso, exames de ressonância magnética, ultrassom e de tomografia também podem ser indicados por um médico
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Dependendo da gravidade do quadro, o tratamento pode ser realizado em casa, com uso de anti-hipertensivos e diuréticos, ou no hospital. Em casos mais graves, o transplante de rim ou a hemodiálise são indicados. De qualquer forma, em ambas as situações deve-se ter acompanhamento de especialista
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Para prevenir o problema é necessário alimenta-se saudavelmente, não fazer uso de medicamentos sem prescrição médica, evitar o consumo de tabaco e bebida alcoólica. Além disso, é imprescindível ingerir bastante água e manter-se sempre bem hidratado
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