As crianças e os adolescentes vacinados contra a Covid-19 ficaram significativamente mais protegidos contra a doença, segundo mostra um dos maiores estudos de imunização contra a Covid nesta faixa etária. O estudo foi produzido por pesquisadores da Escola de Medicina Perelman da Universidade da Pensilvânia, e do Hospital Infantil da Filadélfia (CHOP), nos Estados Unidos.
O trabalho, publicado nessa segunda-feira (8/1) na revista científica Annals of Internal Medicine, também mostrou que as crianças e adolescentes imunizados não apresentaram maiores complicações cardíacas em comparação com jovens que não foram vacinados.
“Não encontramos nenhuma indicação de aumento de riscos cardíacos durante qualquer fase”, afirma o professor de bioestatística da Escola de Medicina Perelman Jeffrey Morris, um dos principais autores do estudo, em um comunicado.
Embora os ensaios clínicos das farmacêuticas tenham mostrado anteriormente que as vacinas oferecem uma forte proteção contra a infecção do coronavírus em crianças e adolescentes durante os estudos, os pesquisadores consideraram que existiam poucas evidências sobre o desempenho dos imunizantes em um contexto de mundo real.
Maior estudo sobre vacinação de crianças e adolescentes
Os pesquisadores analisaram dados de saúde de 250 mil pacientes dos EUA registrados entre 2021 e 2022, quando as variantes Delta e Ômicron dominaram nos Estados Unidos, respectivamente. Aproximadamente metade dos participantes do estudo havia recebido pelo menos uma dose da vacina Pfizer/BioNTech.
Na onda da variante Delta, os imunizados tinham 98% menos probabilidade de serem infectados ou de evoluírem para a forma grave da doença em comparação com os não vacinados.
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Pais devem ficar atentos para evitar erros na aplicação do imunizante nos pequenos, já que eles têm uma dinâmica própria
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De acordo com a Fiocruz, vacinar crianças contra a Covid é necessário para evitar a circulação do vírus em níveis altos, além de assegurar a saúde dos pequenos
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Apesar de não ser necessária a prescrição médica para vacinação, o governo federal recomenda que os pais procurem um profissional da saúde antes de levar os filhos para tomar a vacina
Agência Brasil
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Segundo a Anvisa a grande maioria dos eventos adversos pós-vacinação é decorrente da administração do produto errado à faixa etária, da dose inadequada e da preparação errônea do produto
Agência Brasil
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A vacina infantil vem em uma embalagem de cor laranja, diferente da versão para maiores de 12 anos, que é roxa. A seringa utilizada é a de 1ml, e o volume aplicado deve ser de 0,2ml
Agência Brasil
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A identificação correta das doses para crianças de 5 a 11 anos é uma obrigação das autoridades públicas, que devem garantir ainda um treinamento eficiente para toda a equipe responsável
Agência Brasil
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De acordo com a Pfizer, a quantidade aplicada nas crianças foi cuidadosamente selecionada com base em dados de segurança e imunogenicidade
Agência Brasil
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Os estudos clínicos da farmacêutica indicaram menor possibilidade de reações adversas no uso de doses menores. As respostas imunológicas também se mostraram mais eficientes porque as crianças, normalmente, têm resposta imune mais robusta
Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Segundo dados da Pfizer, cerca de 7% das crianças que receberam uma dose da vacina apresentaram alguma reação, mas em apenas 3,5% os eventos tinham relação com o imunizante. Nenhum deles foi grave
Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Quando a Ômicron surgiu, os adolescentes vacinados tinham cerca de 86% menos probabilidade de serem infectados. A proteção contra doenças graves foi de 85%, e contra complicações que os levassem a uma unidade de terapia intensiva (UTI) foi de 91%.
Entre as crianças com idades de 5 a 11 anos no momento da vacinação, as taxas de proteção contra a infecção, doença grave e internação em UTI foram 74%, 76% e 85% melhores, respectivamente.
“Nosso estudo tem um acompanhamento mais longo do que qualquer estudo anterior, o que nos permitiu avaliar a durabilidade real e a longo prazo da proteção da vacina contra as variantes Delta e Omicron”, conta o professor Yong Chen, que também liderou o estudo.
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