Uma ala do PL demonstrou preocupação com a chegada de Sidônio Palmeira à Secretaria de Comunicação (Secom) do governo Lula, oficializada nesta semana. Esse grupo, mais ligado ao presidente do partido, Valdemar Costa Neto, passou a defender a volta do marqueteiro Duda Lima à legenda, o mais cedo possível.
Os bolsonaristas também se preocupam com o efeito Gusttavo Lima, que demonstrou o desejo de entrar na disputa pelo Palácio do Planalto em 2026. Entenda:
- Lula anunciou o marqueteiro Sidônio Palmeira para a Secom (foto em destaque).
- O publicitário baiano fez a campanha vitoriosa do petista em 2022.
- Expectativa é de mudança na forma de comunicação do governo como um todo.
- Sidônio teve primeira reunião com Lula, após a saída de Paulo Pimenta, nesta segunda-feira (13/1)
Duda Lima fez a campanha de reeleição do prefeito Ricardo Nunes (MDB) em São Paulo, mas anunciou aposentadoria da política após o fim da corrida eleitoral. Na reta final do primeiro turno, o marqueteiro levou um soco de um integrante da equipe de Pablo Marçal (PRTB) durante um debate.
Além de antecipar uma eventual melhora na avaliação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com a troca na Secom, essa ala do PL também demonstra preocupação com a concorrência interna na direita.
O grupo teme que o partido perca espaço diante do surgimento de nomes “pop” na direita, se referindo ao próprio Marçal e ao cantor Gusttavo Lima. O “embaixador” do sertanejo deve entrar na política em 2026, mas tem como padrinho político o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil).
O gestor goiano é pré-candidato à Presidência da República e se afastou de Jair Bolsonaro (PL). Ele deve iniciar em breve uma série de agendas com aliados em outros estados, para se tornar conhecido fora do Centro-Oeste.
Essa ala do PL, porém, está mais preocupada com a eleição de bancadas na Câmara e no Senado que com a Presidência da República em si. Eles entendem, no entanto, que um candidato forte ao Planalto ajuda na eleição do Legislativo. Os fundos partidário e eleitoral são divididos de acordo com o tamanho dos partidos no Congresso.