Indicado ao Globo de Ouro 2024 na categoria Melhor Filme Internacional e potencial concorrente ao Oscar na mesma categoria, A Sociedade da Neve conta como os sobreviventes da queda do voo 571, da Força Área Uruguaia, lutaram pela vida nos 72 dias em que tiveream de esperar por resgate. A produção da Netflix foi baseada em um livro homônimo, do jornalista Pablo Vierci, mas deixou alguns detalhes abordados na obra literária de lado.
Entre elas está a de Tito Regules, que estava na lista de passageiros do voo, mas dormiu demais na noite anterior e acabou não embarcando. “Tito passou uma noite de festa no casino do Hotel Carrasco, deitou-se tarde e, sem se aperceber, desligou o despertador”, recorda o livro.
Marcelo Pérez del Castillo, capitão da equipe, tentou localizá-lo, sem sucesso e, com isso, ele acabou não embarcando no voo o time. Tito só morreu anos mais tarde, ao dormir no volante e causar um acidente de carro.
O momento de sorte de Tito na juventude acabou selando o destino trágico de Graziela Mariani. A mulher de 42 anos iria pegar um avião à tarde para o casamento da filha no Chile, mas preferiu embarcar na aeronave da Força Área para economizar tempo e dinheiro, mesmo não tendo ligação com nenhum passageiro. Ela acabou morrendo na primeira noite após a tragédia.
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Foto da aeronave antes do acidente
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Última foto com todos os passageiros vivos
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Sobreviventes passaram 72 dias esperando resgate
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Voo 571 foto real
Das 45 pessoas a bordo, apenas 16 sobreviveram até o resgate
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Registro do resgate dos sobreviventes do voo 571
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Nando Parrado e Roberto Canessa com o cavaleiro Sergio Catalan, que os salvou
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Momentos depois do resgate dos Andes 3
Imprensa acompanhou parte do resgate
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Destroços do avião
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Memorial voo 571
Hoje, há um memorial no local onde ocorreu o acidente
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Conheça a real história
O Voo 571 da Força Aérea do Uruguai saiu de Montevidéu em 12 de outubro de 1972, com destino a Santiago, no Chile, levando o time de rugby amador uruguaio Old Christians, do colégio Stella Maris, além de amigos e familiares do grupo, para uma competição. Ao todo, 45 pessoas estavam a bordo e 29 sobreviveram à queda, ocorrida no dia 13. Desses, apenas 16 resistiram aos ferimentos do acidente e aos mais de dois meses de fome, frio, cansaço e condições climáticas extremas.
O trabalho das autoridades em busca de sobreviventes chegou a ser encerrado após alguns dias, por conta das condições extremas do local. O grupo soube disso por meio de um rádio e Fernando Parrado e Roberto Canessa decidiram caminhar pela montanha em busca de algum vilarejo próximo. Foi aí que encontraram o cavaleiro Sérgio Catalan, que chamou por ajuda. Nos dias seguintes, um helicóptero apareceu para resgatá-los.
As 16 pessoas resgatadas só conseguiram sobreviver pois se alimentaram dos corpos daqueles que já haviam morrido. A resolução foi tomada em um pacto coletivo no qual todos concordaram que, caso não resistissem, seus corpos fossem usados para a sobrevivência dos demais.