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terça-feira, 18 março, 2025
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    HomeBrasiliaDF já registrou 2.180 acidentes com animais peçonhentos em 2023

    DF já registrou 2.180 acidentes com animais peçonhentos em 2023

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    Segundo dados da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), foram registrados 2.180 acidentes com animais peçonhentos entre janeiro e agosto deste ano. Em 2022, durante todo o ano, foram contabilizados 2.752 casos de picadas de serpentes, aranhas, escorpiões e lagartas.

    Atualmente, 11 hospitais da rede pública do DF possuem soros antiveneno para serem aplicados em pacientes que apresentem estado moderado ou grave. A rede privada de saúde não disponibiliza a medicação.

    A médica Andrea Amora, do Centro de Informação e Assistência Toxicológica do DF, destaca: “O número de acidentes com escorpião aumentou muito, e temos em Brasília um dos animais mais perigosos, que é o escorpião-amarelo, com uma picada mais severa. A possibilidade de gravidade é maior e requer mais cuidado no atendimento”.

    Atendimento

    Segundo a secretaria, o atendimento imediato é fundamental para a sobrevivência das vítimas e a redução de possíveis sequelas. “No caso de acidentes com um animal peçonhento, qualquer que seja o animal, a principal recomendação é lavar o local com água e sabão e procurar o atendimento médico nos hospitais da rede pública. Nas unidades de saúde, o paciente em caso grave poderá receber o soro antiveneno e a medicação sintomática para que o quadro clínico não evolua”, explica Amora.

    Na maioria dos casos mais sérios é necessário aplicar soro, que é a única medicação capaz de neutralizar o veneno no corpo. De acordo com a especialista, as primeiras 48 horas, até no máximo 72 horas, são o tempo hábil para a aplicação do soro, para que a fração do veneno no organismo seja neutralizada.

    “Após esse período, ele perde a efetividade e, com isso, os pacientes podem ter maiores alterações no quadro clínico, pois o veneno continuará agindo no corpo. Além disso, é preciso o uso racional do medicamento. Em muitos casos, a observação do quadro clínico é mais importante para se avaliar os sintomas”, ressalta.

    Ela alerta ainda que é necessário redobrar os cuidados com crianças menores de 3 anos e com idosos, pois esses grupos concentram os pacientes com maior potencial de gravidade.

    Hospitais com soro

    As unidades que disponibilizam o soro antiveneno na capital são:

    Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), Asa Sul;
    Hospital Regional Guará;
    Hospital Regional Brazlândia;
    Hospital da Região Leste, Paranoá;
    Hospital Regional Ceilândia;
    Hospital Regional Gama;
    Hospital Regional de Santa Maria;
    Hospital Regional Planaltina;
    Hospital Regional Sobradinho;
    Hospital Regional Taguatinga;
    Hospital Regional da Asa Norte (Hran).

    O Hospital Regional de Samambaia não armazena os medicamentos, mas pode solicitá-los sempre que preciso à unidade de atendimento mais próxima, em Taguatinga. O Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox) da SES-DF, também auxilia com informações sobre os primeiros cuidados, pelos números 0800 644 6774 ou 0800 722 6001. Se for possível, é recomendado que o animal seja capturado ou que uma foto dele seja feita para identificá-lo.

    Prevenção

    Escorpiões e outros animais peçonhentos se escondem em ambientes úmidos e escuros durante o dia e saem em busca de alimento à noite. Por isso, é importante ter atenção em locais como entulhos, ralos e caixas de esgoto.

    A SES-DF aponta que é essencial manter casas e quintais limpos e sem entulho para combater a proliferação de insetos. O uso de inseticida não é recomendado, já que não há comprovação de que o remédio funcione com escorpiões. Se um escorpião for encontrado, é necessário entrar em contato com a Vigilância Ambiental.

    “É um problema de saúde pública em praticamente todas as cidades do país. É importante manter os ambientes limpos, limpar a caixa de gordura, evitar deixar migalhas espalhadas pela casa e ter cuidado com o lixo, pois tudo isso atrai as baratas, que servem de alimento para outros insetos. Essas ações acabam por proteger as crianças” pontua Andrea Amora.

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