Às vésperas da primeira visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a Minas Gerais desde as eleições presidenciais, o governador do estado, Romeu Zema (Novo), afirmou que o petista será “bem recebido”.
“O presidente será bem recebido em Minas Gerais. Ele ganhou as eleições em Minas por uma pequena margem de votos. E Minas e governo federal têm de fazer muita coisa em comum”, afirmou o governador, bolsonarista, em entrevista à CNN.
O presidente desembarca em Belo Horizonte nesta quarta-feira (7/2), e, no dia seguinte, participa de um evento onde deverá anunciar o novo calendário do leilão de concessão da BR-381, além de fazer um balanço dos investimentos no estado. Zema foi convidado para participar da agenda ao lado do chefe do Executivo.
Zema também deve se reunir com Lula em uma reunião privada. Entre os assunto, segundo o governador, estão as indenizações às famílias afetadas pela tragédia de Mariana e a dívida de Minas Gerais com a União. O débito do estado com o governo gira em torno de R$ 160 bilhões.
Na avaliação do governador, a União tem “procedido como um banco, não como ente federativo”.
“A dívida precisa ser corrigida, mas cobrar taxa de juro é inviabilizar o pagamento”, disse Zema. “É um problema antigo que eu herdei, não fiz um real de dívida, e que precisa ser colocado na mesa. Caso contrário, nós vamos ficar mais 30 anos convivendo com esse problema”, completou.
Sem vaias
Segundo informou o colunista Igor Gadelha, do Metrópoles, foi o próprio Palácio do Planalto que convidou Zema para participar de evento com Lula, previsto para acontecer em um centro de eventos no centro de BH. A previsão governista é reunir cerca de 800 pessoas no local, incluindo autoridades e apoiadores.
Auxiliares de Zema afirmam que ele sinalizou disposição em ir ao evento. Diante disso, o cerimonial da Presidência pediu a militantes petistas para não vaiarem o governador bolsonarista, caso ele vá ao ato.
Se for ao evento, Zema será o terceiro governador bolsonarista a participar de atos ao lado de Lula. Naos últimos dias, Tarcísio de Freitas (São Paulo) e Cláudio Castro (Rio) acompanharam o petista em seus estados.
