Rita Marley, esposa de Bob Marley, sofreu um atentado ao lado do empresário do cantor, Don Taylor, mas foi salva graças aos dreadlocks que utilizava. O momento é retratado na cinebiografia do cantor, Bob Marley: One Love, que conta a história do Rei do Reggae.
A mulher estava na casa de Marley, ao lado de Taylor, quando dois homens armados entraram na residência e atiraram contra ela. O crime foi encomendado por pessoas que não concordavam com os posicionamentos de paz do cantor. Um deles mirou na cabeça de Rita.
Bob Marley 1
Bob Marley fazia uso da cannabis por causa da fé rastafari
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Bob Marley 4
Em 1978, ele recebeu A Medalha da Paz do Terceiro Mundo pela ONU
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Bob Marley 3
Bob foi um revolucionário, cuja obra desafiou as injustiças sociais, promoveu a espiritualidade Rastafári e clamou pela unificação pan-africana
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Bob Marley 2
Bob Marley faleceu aos 36 anos, em 11 de maio de 1981
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Bob Marley One Love (3)
Kingsley Ben-Adir e Lashana Lynch como Bob e Rita Marley em One Love
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Bob Marley e Rita Marley
Kingsley Ben-Adir e Lashana Lynch como Bob e Rita Marley
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Bob Marley: One Love
Kingsley Ben-Adir as “Bob Marley” in Bob Marley: One Love from Paramount Pictures.
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Bob Marley: One Love
Bob Marley morreu vítima de um câncer em 11 de maio de 1981, Hospital Jackson Memorial, Miami, Florida, EUA
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Entretanto, os dreads fizeram com que a bala não se alojasse nela. A esposa de Bob Marley até chegou a ser internada, mas recebeu alta logo depois. Em sua autobiografia, chamada No Woman No Cry, Rita comenta: “Os dreads salvaram a minha vida”.
O atentado aconteceu dois dias antes do evento Smile Jamaica Concert, organizado por Bob Marley. Após o ocorrido, ela esteve ao lado do marido no show.
Filme sobre Bob Marley reúne personalidades negras do DF no cinema
O Instituto Afrolatinas promoveu uma sessão gratuita do filme Bob Marley: One Love, nessa terça-feira (20/2), em Brasília. A exibição do longa-metragem ocorreu no Cine Cultura Liberty Mall e contou com a presença de personalidades negras do DF, como Alexandre Carlo, vocalista da banda Natiruts, e os rappers GOG, Vera Verônika e X.
Alexandre Carlo citou ao Metrópoles as possíveis motivações para a produção de um filme sobre o expoente do reggae. “É uma reafirmação da importância do Bob Marley, principalmente para as novas gerações. Na minha geração, o Bob Marley era muito presente. Com a ascensão de outros líderes negros, ele continuou vivo, mas foi preciso refazer essa história e contar para as novas gerações sobre a relevância de suas letras e seus pensamentos”, disse.
O filme celebra a vida e a música de Bob Marley, um ícone que inspirou gerações por meio de sua mensagem de amor e união. Na tela dos cinemas, é contada a poderosa história de superação e a jornada por trás da música revolucionária do artista.
Jaqueline Fernandes, reitora da Universidade Afrolatinas, responsável pela sessão gratuita, destaca a importância dos estudos da cultura e do patrimônio negro na América Latina. “A exibição desse filme vem exatamente do entendimento de que podemos aprender em uma sala de aula, mas também podemos aprender no cinema. Nada melhor do que prestigiar Bob Marley, um ícone jamaicano”, explica.
“É uma manifestação de negritude mais caribenha, mais tropical, representada no cinema para a gente assistir e se inspirar.”
Alexandre Carlo
A rapper Vera Verônika exalta a iniciativa da Universidade Afrolatinas e celebra a sessão gratuita: “A iniciativa é extremamente importante, porque o Instituto Afrolatinas traz essa oportunidade de a periferia estar no centro. Muita gente demoraria para ver o filme e viver essa história do Bob Marley, sobre resistência e luta negra.”
Bob Marley e a influência na música mundial
GOG, pioneiro do hip hop brasiliense, identifica-se com a história do ícone musical e ressalta a influência de Bob Marley na música negra. “O reggae é uma grande árvore que alimenta a música preta brasileira e mundial. É um momento muito importante. Celebrar Bob Marley é festejar nossas raízes. Quando a gente vê a história de Bob, de resistência e de luta, também vemos a história de vários rappers”, acredita.
“Nós podemos, por meio do filme, propagar uma releitura do ícone da música negra, do movimento rastafári e de toda uma história de amor e união pregada na cultura, para mais pessoas que não a conhecem.”
Vera Verônika
X, rapper que fez parte da banda Câmbio Negro, por sua vez, exaltou o legado do jamaicano. “Bob Marley é uma força da natureza, um artista mundialmente famoso, conhecido pela sua obra, sua arte, sua perseverança e por pregar a paz e o amor com letras inteligentes. É um músico de excelência, uma referência para muita gente”, pontua.
Bob Marley: One Love teve destaque no topo da bilheteria global no fim de semana de estreia, quando arrecadou cerca de R$ 397 milhões. No Brasil, o longa ficou em segundo lugar e já arrecadou R$ 8,67 milhões, incluindo dados de pré-estreia.