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sexta-feira, 7 fevereiro, 2025
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    HomeSaúdePesquisa com 10 milhões de pessoas liga ultraprocessados a 32 doenças

    Pesquisa com 10 milhões de pessoas liga ultraprocessados a 32 doenças

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    Consumir alimentos ultraprocessados é prejudicial para todas as partes do corpo, mostra estudo publicado no The British Medical Journal (BMJ), na quarta-feira (28/2). Ao revisar 45 estudos sobre hábitos alimentares e saúde, os pesquisadores descobriram que este tipo de alimentação está associada a 32 doenças diferentes, incluindo câncer, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares.

    Os ultraprocessados são alimentos industrializados produzidos para serem mais atrativos ao paladar. São fabricados com grandes quantidades de corantes, conservantes e aromatizantes artificiais, e pobres em vitaminas e fibras. Doces, salgadinhos, refeições prontas, biscoitos recheados e refrigerantes são alguns exemplos de alimentos ultraprocessados.

    O consumo frequente de ultraprocessados já foi associado a inflamações no organismo e a doenças crônicas. Em países de renda alta, como a Austrália e os Estados Unidos, eles representam 42% e 58% do total de calorias consumidas por dia, respectivamente.

    Pesquisadores dos Estados Unidos, Austrália, França e Irlanda se uniram para fazer a revisão de 45 estudos sobre o tema. Juntos, os trabalhos acompanharam aproximadamente 10 milhões de pessoas para compreender os efeitos do consumo recorrente desses alimentos a longo prazo.

    Doces e refrigerantes são alguns exemplos de alimentos ultraprocessados com muito açúcar

    Impacto dos alimentos ultraprocessados no organismo

    A ingestão de ultraprocessados foi associada a um risco 50% maior de morte por doenças cardiovasculares – incluindo ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral (AVC) – e 12% maior de diabetes tipo 2.

    A alimentação pobre em nutrientes e rica em calorias também foi relacionada a um aumento entre 48% e 53% no risco de desenvolver ansiedade e 20%, no de depressão

    Os voluntários que comiam mais refeições ultraprocessadas tinham 55% mais probabilidade de serem obesos, 41% a mais de apresentarem problemas de sono e 40% de chiado no peito. As chances de morte por qualquer causa foram aumentadas em 20%.

    “No geral, os autores descobriram que dietas ricas em alimentos ultraprocessados podem ser prejudiciais para a maioria, talvez para todos, os sistemas do corpo. Não existe razão para acreditar que os humanos possam se adaptar totalmente a estes produtos.

    32 riscos de saúde associados ao consumo de ultraprocessados:

    Mortalidade por todas as causas;
    Mortalidade por câncer;
    Mortalidade por doenças cardiovasculares;
    Mortalidade por problemas cardíacos;
    Desfechos adversos relacionados ao sono;
    Ansiedade;
    Transtornos mentais comuns;
    Depressão;
    Asma;
    Chiado no peito;
    Desfechos de doenças cardiovasculares combinados;
    Morbidade de doenças cardiovasculares;
    Hipertensão;
    Hipertriacilgliceridemia;
    Colesterol HDL baixo;
    Doença de Crohn;
    Colite ulcerativa;
    Obesidade abdominal;
    Hiperglicemia;
    Síndrome metabólica;
    Doença hepática gordurosa não alcoólica;
    Obesidade;
    Excesso de peso;
    Sobrepeso;
    Diabetes tipo 2;
    Câncer de mama;
    Câncer em geral;
    Tumores do sistema nervoso central;
    Leucemia linfocítica crônica;
    Câncer colorretal;
    Câncer pancreático e
    Câncer de próstata.

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