O inglês Riley MacDonald levava uma vida perfeitamente normal para uma criança de 13 anos, jogava futebol, fazia kickboxer e aproveitava o tempo com os irmãos. Até que em 9 de outubro de 2024, após um único dia de mal-estar, faleceu inesperadamente.
A morte foi um choque para a família. Sally Martin, mãe de Riley, conta que o menino acordou naquele dia com a mesma energia de sempre, mas passou mal no caminho para a escola, quando apresentou os primeiros sintomas de gripe, e faleceu no final do dia.
Riley tinha uma pneumonia silenciosa, que desencadeou em choque séptico e parada cardíaca. O motivo para a evolução extremamente rápida do quadro só foi revelado meses mais tarde, quando um relatório do legista mostrou que Riley não tinha o baço, órgão relacionado ao sistema imune.
O baço é um pequeno órgão que fica localizado na parte superior esquerda do abdômen. Ele é importante para produzir e armazenar células brancas para o sistema imune, além de filtrar o sangue e remover os glóbulos vermelhos lesionados.
Algumas pessoas podem precisar remover o baço cirurgicamente em casos de câncer, por exemplo. Quando isso acontece, outros órgãos se adaptam para cumprir as mesmas funções, mas essas pessoas correm maior risco de sofrer infecções bacterianas e precisam ter mais atenção com a saúde.

Ausência do baço
A família de Riley não sabia que o menino de Nottinghamshire, na Inglaterra, não tinha o baço porque exames nunca apontaram a ausência do órgão.
“Isso explicou por que foi tão rápido. A infecção tinha acabado de tomar conta. Foi um choque enorme porque não havia razão para acreditar que fosse esse o caso. Ele estava bem e feliz até o dia em que morreu”, disse Sally ao jornal local Nottinghamshire Live.
Sintomas da pneumonia
A inglesa de 42 anos lembra que o filho reclamou de sentir muito frio naquele dia e apresentou manchas por todo o corpo. O garoto desmaiou e teve uma parada respiratória enquanto era levado ao pronto-socorro pela mãe. “Aconteceu assim, de repente. Ele acordou bem para a escola e estava morto à noite”, lamentou.
Com a morte do filho, Sally passou a militar pela inclusão de exames de imagem durante o pré-natal das gestantes para verificar a presença do baço, assim como é feito para outros órgãos vitais.
“Entendo que é algo bem raro, mas deveria ser visto. Teria mudado toda a sua vida. Se soubéssemos que ele teria que fazer tratamento pelo resto da vida (para se proteger da ausência de baço), ele teria tomado antibióticos e as vacinas anuais contra pneumonia. Meu filho ainda estaria aqui”, disse Sally.
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