Além de muito nutritiva e rica em proteínas, a ora-pro-nóbis é também uma planta com capacidade medicinal. Conhecida também como lobrobó ou carne dos pobres no interior do país, a planta já teve comprovadas suas propriedades analgésicas, anti-inflamatórias e antioxidantes.
Uma investigação de 2023 feita por biólogos da Universidade Federal do ABC e da Universidade Estadual Paulista, por exemplo, se dedicou a pesquisar a atividade antioxidante da planta. Eles se focaram especialmente na mucilagem, uma espécie de baba que a folha fresca de ora-pro-nóbis produz, semelhante à do quiabo.
Para a pesquisa, publicada no Journal of Biotechnology and Biodiversity, os investigadores cultivaram as plantas e produziram uma farinha apenas com a mucilagem da ora-pro-nóbis (extraída em um processo de 10 etapas a partir do cozimento, evaporação e condensação das folhas).
Em 2 kg de folhas, os pesquisadores obtiveram 83 g de mucilagem. O pó obtido a partir da baba foi proporcionalmente quase três vezes mais proteico que as folhas antes do processo. A farinha de mucilagem tinha 39,5% de proteínas, enquanto as folhas tinham cerca de 14,3%.
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As folhas de ora-pro-nóbis são ricas em proteínas e fibras, podendo ser consumidas frescas ou secas
Reprodução/Neapro-Rio
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Planta cresce de forma semelhante a uma samambaia, em estilo trepadeira
Reprodução/IF Campus Uruçuca (BA)
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Planta adulta tem crescimento de agrupamento de espinhos
Reprodução/Neapro-Rio
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Ora-pro-nóbis repleta de frutos
Reprodução/Neapro-Rio
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Sementes da planta são duras e escuras
Reprodução/IF Campus Uruçuca (BA)
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Flores são abundantes e possuem cheiro adocicado
Reprodução/Neapro-Rio
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Ora-pro-nóbis como antioxidante
A principal propriedade da mucilagem, porém, foi observada com a atividade antioxidante da farinha, graças à sua grande quantidade de flavonoides.
Os antioxidantes atuam protegendo o corpo e são encontrados em frutas, legumes e sementes com vitaminas A, C e E. Eles impedem a oxidação celular (processo natural que debilita a célula em suas replicações).
“Os antioxidantes são grandes aliados no combate ao envelhecimento, já que reforçam nosso sistema imunológico e têm uma alta capacidade de reduzir radicais livres, que são instáveis e facilitam a formação de doenças degenerativas”, explica o nutricionista Omar de Faria, de Brasília.
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