O advogado Filipe Mello anunciou, nesta terça-feira (9/1), que não assumirá um cargo na Casa Civil do governo de Santa Catarina. Filipe é filho do governador, Jorginho Mello (PL), e sofreu críticas ao ser nomeado para a vaga.
Em publicação no Instagram, o advogado reiterou ser “absolutamente legal” a indicação feita pelo pai e condenou “polêmicas infrutíferas”.
“Estou feliz por ver que, mesmo aqueles que criticam, reconhecem que minha capacidade técnica e meu currículo me qualificam para a função. O defeito é biológico, é ‘ser filho’”, escreveu.
Apesar de não ter assumido o cargo, Filipe garantiu que continuará colaborando com o governo de Santa Catarina. “Entendo que poderia contribuir mais e melhor, mas o que não precisamos é de polêmicas infrutíferas. Por isso continuarei ajudando, como sempre fiz, a pessoa do governador, meu pai”.
Críticas
A oposição acusou o governador Jorginho de nepotismo quando ele nomeou, na semana passada, o filho para a vaga na Casa Civil catarinense. Um dos críticos foi Décio Lima (PT), diretor-presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
“A extrema direita quer fazer do nosso estado uma baderna utilizando de práticas de favorecimento de parentes para ocupar cargos públicos. Temos um governador que acha ‘que pode tudo’, que está acima da lei. Nepotismo vergonhoso”, afirmou.
Filipe chefiou três pastas, mas durante a gestão de Raimundo Colombo (PSD) no estado. Ele atuou nas pastas de Planejamento, Assuntos Internacionais e Turismo, Cultura e Esporte.