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quinta-feira, 27 março, 2025
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    HomeSaúdeNoivo tem sintomas de câncer de intestino confundidos com ansiedade

    Noivo tem sintomas de câncer de intestino confundidos com ansiedade

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    Prestes a se casar, um homem de 35 anos descobriu que a tensão antes da cerimônia não era apenas ansiedade, como dizam os profissionais de saúde. Após duas avaliações médicas erradas, Ashley Robinson, 35, foi diagnosticado com câncer no intestino.

    Os primeiros sintomas do britânico começaram em maio do ano passado. Depois de notar a presença de sangue nas fezes, ele resolveu procurar um hospital. No entanto, os médicos lhe disseram que o problema não era sério, que ele devia estar ansioso por conta do casamento, e passaria sem maiores complicações.

    No mês seguinte, o homem expeliu uma quantidade ainda maior de sangue e rapidamente foi em direção ao pronto-socorro mais próximo. Por lá, os profissionais de saúde atribuíram o problema a hemorroidas e afirmaram que o chefe de cozinha era muito novo para ter câncer.

    “Achei que fosse estresse, porque tudo começou quando estávamos preparando o casamento. Os médicos diziam: ‘Você está bem, não se preocupe, vá se casar’, e eu acreditei na palavra deles”, explica Ashley.

    Na semana seguinte ao casamento, ocorrido em julho, o homem percebeu que tinha perdido quase 13 quilos. O novo sintoma foi o ponto de partida para a esposa de Ashley insistir para que fossem realizadas novas avaliações no marido. Após os exames, foi descoberto que ele estava com câncer de intestino grave, já em estágio 4. O tumor já havia se espalhado para outras partes do corpo.

    O que é câncer de intestino?

    No Reino Unido, local onde Ashley reside, o câncer de intestino é o terceiro tipo de neoplasia mais comum. Geralmente, a doença atinge pessoas com mais de 50 anos, porém, nos últimos 30 anos, a incidência aumentou 50% em adultos mais jovens no país. Esse fato tem sido ligado a fatores como obesidade, uso excessivo de antibióticos, radiação provenientes dos celulares, presença de microplásticos na água e a alta ingestão de alimentos ultraprocessados.

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    De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), a estimativa é de que o problema tenha provocado o óbito de cerca de 20 mil pessoas no Brasil apenas em 2019

    O mês de março é dedicado à divulgação de informações sobre a doença. Se detectado precocemente, o câncer de intestino é tratável e o paciente pode ser curado
    Os principais fatores relacionados ao maior risco de desenvolver câncer do intestino são: idade igual ou acima de 50 anos, excesso de peso corporal e alimentação pobre em frutas, vegetais e fibras
    Doenças inflamatórias do intestino, como retocolite ulcerativa crônica e doença de Crohn, também aumentam o risco de câncer do intestino, bem como doenças hereditárias, como polipose adenomatosa familiar (FAP) e câncer colorretal hereditário sem polipose (HNPCC)
    Doses de café pode reduzir em 30% risco de câncer de intestino
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    Também conhecido como câncer de cólon e reto ou colorretal, abrange os tumores que se iniciam na parte do intestino grosso -chamada cólon -, no reto e ânus

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    De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), a estimativa é de que o problema tenha provocado o óbito de cerca de 20 mil pessoas no Brasil apenas em 2019

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    O mês de março é dedicado à divulgação de informações sobre a doença. Se detectado precocemente, o câncer de intestino é tratável e o paciente pode ser curado

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    Os principais fatores relacionados ao maior risco de desenvolver câncer do intestino são: idade igual ou acima de 50 anos, excesso de peso corporal e alimentação pobre em frutas, vegetais e fibras

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    Doenças inflamatórias do intestino, como retocolite ulcerativa crônica e doença de Crohn, também aumentam o risco de câncer do intestino, bem como doenças hereditárias, como polipose adenomatosa familiar (FAP) e câncer colorretal hereditário sem polipose (HNPCC)

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    Doses de café pode reduzir em 30% risco de câncer de intestino

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    Os sintomas mais associados ao câncer do intestino são: sangue nas fezes, alteração do hábito intestinal, dor ou desconforto abdominal, fraqueza e anemia, perda de peso sem causa aparente, alteração das fezes e massa (tumoração) abdominal

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    O diagnóstico requer biópsia (exame de pequeno pedaço de tecido retirado da lesão suspeita). A retirada da amostra é feita por meio de aparelho introduzido pelo reto (endoscópio)

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    O tratamento depende principalmente do tamanho, localização e extensão do tumor. Quando a doença está espalhada, com metástases para o fígado, pulmão ou outros órgãos, as chances de cura ficam reduzidas

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    A cirurgia é, em geral, o tratamento inicial, retirando a parte do intestino afetada e os gânglios linfáticos dentro do abdome. Outras etapas do tratamento incluem a radioterapia, associada ou não à quimioterapia, para diminuir a possibilidade de retorno do tumor

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    A manutenção do peso corporal adequado, a prática de atividade física, assim como a alimentação saudável são fundamentais para a prevenção do câncer de intestino

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    Além disso, deve-se evitar o consumo de carnes processadas (por exemplo salsicha, mortadela, linguiça, presunto, bacon, blanquet de peru, peito de peru, salame) e limitar o consumo de carnes vermelhas até 500 gramas de carne cozida por semana

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    Já no Brasil, o câncer de intestino, que também é conhecido como de cólon ou colorretal, é a segunda neoplasia mais frequente entre homens e mulheres. Normalmente, os primeiros indicativos não são muito claros e, por isso, doença costuma ser notada apenas quando já está em estágio avançado. Entre os principais sintomas estão:

    • Presença de sangue nas fezes;
    • Dor e cólica abdominal frequente por mais de 30 dias;
    • Alteração no ritmo intestinal de início recente, como diarreia ou constipação;
    • Perda de peso rápida e não intencional;
    • Anemia, cansaço e fraqueza.

    Tratamento eficaz

    Depois de ser diagnosticado com o câncer, o Ashley começou a fazer imunoterapia. Os medicamentos ajudam o sistema imunológico a identificar e atacar as células cancerígenas.

    A medida surtiu efeito e reduziu o tumor em 90%. Apesar da boa notícia, Ashley lamenta o fato de ter sido diagnosticado tardiamente. “Se tivessem descoberto o problema em maio, eu poderia ter recebido o tratamento antes que o câncer se espalhasse para o meu fígado. Você conhece seu próprio corpo, sabe quando algo não está certo”, diz.

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