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    Moraes pede novos exames de imagem de Collor e explicação sobre falta

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    O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou que a defesa de Fernando Collor apresente, no prazo de 48 horas, a íntegra de todos os exames realizados pelo ex-presidente, incluindo os de imagem. Os advogados devem ainda esclarecer “a inexistência de exames realizados no período de 2019 a 2022, indicativos e relacionados a Doença de Parkinson”.

    A documentação complementar relacionada ao estado de saúde de Collor é para análise do pedido de prisão domiciliar feito pela defesa. A defesa já tinha apresentado alguns laudos médicos, mas Moraes determina a entrega de exames para comprovar a necessidade da concessão de prisão domiciliar humanitária.

    Os advogados de Collor pedem a substituição da prisão em regime fechado pela domiciliar. Eles usam como argumento a idade do ex-presidente — 75 anos — e problemas de saúde. Moraes determinou que o prontuário, histórico médico e demais documentos fossem reunidos em um arquivo — o ministro decretou sigilo sobre os laudos médicos.


    Preso

    • Após a entrega dos documentos, o pedido será encaminhado para manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR), que deverá emitir um parecer.
    • Atualmente, Collor está preso em cela individual no Presídio Baldomero Cavalcanti de Oliveira, em Maceió (AL).
    • A defesa alega que o ex-presidente é portador de doença de Parkinson, sofre de apneia do sono grave, faz uso diário de medicamentos e necessita de acompanhamento médico especializado. Além disso, Collor foi diagnosticado com transtorno afetivo bipolar.
    • O ex-presidente foi preso pela Polícia Federal (PF) no aeroporto de Maceió, enquanto tentava embarcar para Brasília para se apresentar à Justiça.

    Condenação

    De acordo com a condenação na Ação Penal (AP) nº 1.025, Collor recebeu R$ 20 milhões com a ajuda dos empresários Luís Pereira Duarte de Amorim e Pedro Paulo Bergamaschi de Leoni Ramos. O pagamento visava viabilizar, de forma irregular, contratos da BR Distribuidora com a UTC Engenharia para a construção de bases de combustíveis. Em troca, o ex-senador teria oferecido apoio político para indicação e manutenção de diretores na estatal.

    Este é o segundo recurso negado pela Corte. No primeiro, a defesa apresentou embargos de declaração, alegando divergência entre o tempo da pena e o voto médio dos ministros.

    5 imagens

    Fernando Collor

     Fernando Collor foi condenado em 2023 a 8 anos e 10 meses de prisão
    O então presidente Fernando Collor e a ex-primeira-dama Rosane Collor
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    Gustavo Moreno/ Metrópoles

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    Fernando Collor

    Rafaela Felicciano/Metrópoles

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    Fernando Collor foi condenado em 2023 a 8 anos e 10 meses de prisão

    Rafaela Felicciano/Metrópoles

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    O então presidente Fernando Collor e a ex-primeira-dama Rosane Collor

    Paulo Fridman/Sygma/Getty Images

    Embargos infringentes

    No recurso mais recente, chamado de embargos infringentes, os advogados defenderam que deveria prevalecer a pena menor sugerida pelos votos vencidos dos ministros André Mendonça, Nunes Marques, Dias Toffoli e Gilmar Mendes.

    Moraes, no entanto, afirmou que esse tipo de recurso só é permitido quando há ao menos quatro votos absolutórios — o que não ocorreu, mesmo quando os crimes foram analisados separadamente. Segundo o ministro, há entendimento consolidado no STF de que divergências na dosimetria da pena não autorizam embargos infringentes. O entendimento ficou consolidado por maioria do plenário da Corte, tendo como divergência o voto de quatro ministros. 

    Além de Collor, outros dois condenados na mesma ação tiveram recursos negados. Pedro Paulo Ramos cumprirá 4 anos e 1 mês de prisão em regime semiaberto. Já Luís Amorim deverá iniciar o cumprimento de penas restritivas de direitos.

    Willian Carvalho de Menezes
    Willian Carvalho de Menezes
    Jornalista Profissional (0014562/DF) e fotojornalista com 20 anos de experiência na cobertura de fatos que marcaram o Distrito Federal e o Brasil. Atualmente estou à frente do portal Clique DF, onde combino meu olhar jornalístico com a sensibilidade da fotografia para informar com responsabilidade, profundidade e compromisso com a verdade.

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