Auxiliares do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), além de familiares e médicos, decidiram pela permanência do ex-chefe do Executivo no Hospital Rio Grande, em Natal (RN), após ele sofrer um mal-estar. Com a emergência médica de sexta (11/4), o giro político que Bolsonaro estava fazendo pelo Nordeste foi momentaneamente suspenso.
O ex-presidente seguirá internado pelo menos até às 11h deste sábado (12/4), quando é esperado um novo boletim médico. A escolha por permanecer na capital potiguar foi tomada por orientação médica e decisão da família, com aval de profissionais que o acompanham em São Paulo (SP) e em Brasília.
“O ex-presidente Jair Bolsonaro apresenta um quadro de obstrução intestinal em decorrência das cirurgias após a facada que ele levou”, explicou o médico Elio Barreto, responsável pelo tratamento em Natal, referindo-se à tentativa de homicídio ocorrida durante a campanha eleitoral de 2018, em Minas Gerais.
Barreto afirmou ainda que Bolsonaro tinha condições de ser transferido, mas, por decisão conjunta da família e auxiliares, continuará em Natal. A avaliação, no entanto, pode mudar ao longo do dia, conforme houver atualizações.
Bolsonaro está em uso de antibióticos e com sonda nasogástrica aberta, “mantendo-se em dieta zero”, conforme o último boletim médico divulgado na noite desta sexta-feira (11/4). O ex-presidente está consciente.
“Foi submetido à passagem de acesso venoso central, procedimento realizado sem intercorrências, sendo iniciada nutrição parenteral total”, informa o boletim. “O paciente permanece hospitalizado, sob os cuidados da equipe médica e multiprofissional do Hospital Rio Grande”, acrescentou a instituição.
Entenda o problema que acomete o ex-presidente
Ocorrência
Bolsonaro passou mal durante uma agenda em Santa Cruz, no interior do Rio Grande do Norte, e foi transferido para Natal. O ex-presidente da República chegou à capital potiguar transportado por um helicóptero cedido pela governadora Fátima Bezerra (PT). Em seguida, foi levado de ambulância do Samu para o hospital particular.
Ao chegar em Natal, Bolsonaro foi acompanhado pelo próprio secretário estadual de Saúde, Alexandre Motta.
Como mostrou o Metrópoles, na coluna do Igor Gadelha, interlocutores de Bolsonaro informaram que o ex-presidente sentiu fortes dores abdominais, que seriam causadas por obstrução intestinal ainda decorrente da facada que levou em 2018.
O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) afirmou que o ex-presidente foi sedado para exames ainda em uma unidade hospitalar do interior do estado. O parlamentar disse que o ex-mandatário foi transferido acordado e lúcido. Uma transferência para São Paulo dependeria do resultado de uma tomografia.
