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Homens, jovens, baixa patente: saiba o perfil de militares presos

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As Forças Armadas abrigam, em suas estruturas, um total de 162 presos por crimes sob competência da Justiça comum e militar, além de pequenas transgressões. O perfil desses encarcerados é, majoritamente, de homens, jovens e de baixa patente — os chamados praças.

O Metrópoles questionou, via Lei de Acesso à Informação, as três Forças sobre as características dos seus presos militares. Do total, 15 presos são oficiais — militares de alta patente, como capitães, tenentes, generais. No entanto, a maioria das prisões é referente aos chamados praças, ou seja, servidores com pouco poder dentro das Forças Armadas. São exemplos desse grupo os soldados, cabos, sargentos e marinheiros.


Entenda

  • As Forças Armadas possuem 162 militares detidos por crimes sob a Justiça comum e militar, além de transgressões disciplinares.
  • Todos os presos são homens, e a maioria jovens e de baixa patente, como soldados, cabos e sargentos.
  • Dos presos, são 127 do Exército, 27 da Marinha e 8 da Aeronáutica.

Em relação às idades, a Marinha e a Aeronáutica somam 17 presos com idade inferior aos 40 anos. O Exército não enviou as informações detalhadas sobre as idades de cada preso, mas informou que elas variam entre 19 e 68. O mais velho é um capitão da Aeronáutica, de 72 anos.

Para a advogada e pesquisadora Débora Nachmanowicz de Lima, o índice reflete o perfil geral dos militares das Forças Armadas, formado majoritariamente por homens e praças, além da natureza das atividades que cada grupo desempenha.

“Eles [praças] estão mais no dia-a-dia, no monitoramento, nas viaturas, além de serem a maior parte da Força. Eles estão mais suscetíveis a cometerem crimes militares ou não, e transgressões”, pontua a especialista.

“Não que os oficiais não estejam nas ruas. Podem ter oficiais de baixa patente nas ruas, coordenando missões, etc. Só que, de certa forma, existe um protecionismo no julgamento da Justiça militar sobre esses oficiais e as maiores patentes. De fato, serão muito poucos aqueles que vão presos”, complementa.

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