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sexta-feira, 28 março, 2025
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    HomeSaúdeGuia: veja como dormir melhor e recuperar o sono perdido no Carnaval

    Guia: veja como dormir melhor e recuperar o sono perdido no Carnaval

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    Quem curtiu os festejos carnavalescos agora está em contagem regressiva para o fim de semana e para colocar o descanso em dia. Após uma rotina que inclui noites mal dormidas, esforço físico intenso e aumento no consumo de bebidas alcoólicas, um sono reparador é essencial, mas muitas vezes ele não é tão fácil de conquistar.

    Não basta estar cansado o bastante para dormir bem: muitas vezes a fadiga e irritação do sono acumulado levam o corpo a um descanso superficial, a chamada noite mal dormida. Com isso, aumenta o apetite (uma tentativa do corpo de recompor as energias), aumentam os níveis de estresse e cai a capacidade de concentração e imunidade.

    Quanto tempo dormir para ter um sono reparador?

    O sono é reparador quando o corpo consegue passar por suas três fases: sono leve, REM (movimento rápido dos olhos) e profundo. Cada um deles desempenha um papel fundamental para a restauração do corpo, especialmente dos neurônios, que começam a apresentar danos no funcionamento celular e que só são reparados totalmente durante o sono.

    Para passar por todas as fases do sono, indivíduos adultos precisam de uma média de seis a oito horas de descanso. O índice varia de um organismo para o outro e também de acordo com a idade: raramente idosos conseguem dormir mais de seis horas ao dia e os recém-nascidos, por sua vez, chegam a dormir até 17 h por dia.


    Indicadores do sono acumulado

    A insônia pode se manifestar de três formas: dificuldade para adormecer, despertares noturnos recorrentes ou despertar precoce. Seu impacto vai além da fadiga, podendo causar problemas de atenção, irritabilidade, distúrbios cardiovasculares e até envelhecimento precoce. Veja sinais de que você está com insônia:

    • Maior propensão a cochilos diurnos, reduzindo o tempo de sono noturno.
    • Despertares frequentes durante a noite.
    • Maior dificuldade para iniciar o sono.
    • Redução dos estágios mais profundos do sono e aumento do sono superficial.
    • Despertar precoce, levando a longas horas na cama sem conseguir voltar a dormir.
    • Movimentação frequente das pernas durante o sono.

    Importância de ter uma rotina de sono

    Estabelecer uma rotina regular é o primeiro passo para recuperar o sono perdido: por isso, mantenha horários aproximados para deitar e acordar no dia a dia, incluindo o fim de semana. Isso significa que o plano de dormir o sábado inteiro pode não ser a melhor alternativa.

    É que o corpo funciona melhor com rotinas que ajudam a regular o ritmo circadiano, o chamado relógio biológico, permitindo que o organismo entenda os melhores horários, dentro da rotina, para funcionar melhor.

    “Manter um bom ritmo circadiano é essencial, pois qualquer desajuste pode levar a problemas como fadiga, insônia crônica, dificuldade de concentração, ganho de peso, distúrbios hormonais e até doenças metabólicas e cardíacas”, explica o médico do esporte Rodrigo Schröder, do Rio de Janeiro.

    Estratégias para uma noite de sono de qualidade

    Manter o quarto escuro e fresco é essencial. A escuridão reduz a estimulação da luz, que interfere na produção de melatonina, hormônio que induz o sono.

    O organismo também consegue manter o descanso por mais tempo quando a temperatura está controlada de forma agradável, entre 20 e 25 °C. Um estudo publicado por pesquisadores de Harvard em 2023 indicou que temperaturas acima de 30 °C ou abaixo de 15 °C na hora de dormir levam a uma queda de até 10% na qualidade do descanso.

    Além disso, limitar a exposição a telas antes de dormir é crucial, já que a luz azul emitida por dispositivos eletrônicos pode atrasar o início do descanso ao manter a ação de hormônios do sono restrita.

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    Uma noite de sono mal dormida interfere diretamente no humor e no desempenho das atividades do dia seguinte. Além disso, os níveis de irritabilidade, ansiedade e estresse podem aumentar significativamente

    Estudos mostram que o tempo ideal de horas de sono varia para cada pessoa, mas a média mundial é de seis a oito horas por noite. Durante o sono profundo, ocorre a liberação de hormônios importantes para a regulação do organismo
    Muitas pessoas têm sono ruim e nem percebem isso. Na dúvida, que tal adotar algumas técnicas conhecidas como "higiene do sono"?
    1. Crie uma rotina: procure deitar e levantar nos mesmos horários todos os dias, mesmo nos feriados e fins de semana
    2. Durma um pouco mais cedo a cada dia: aproveite o período próximo ao fim das férias para dormir cerca de 30 minutos antes do horário que estava acostumado a ir para a cama a cada dia, até chegar no horário ideal
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    Quando o assunto é qualidade do sono, é necessário implementar uma rotina saudável que garanta uma boa noite de descanso. Muitas vezes, a dificuldade para dormir ou acordar cedo, por exemplo, está relacionada aos hábitos cotidianos que devem ser corrigidos

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    Uma noite de sono mal dormida interfere diretamente no humor e no desempenho das atividades do dia seguinte. Além disso, os níveis de irritabilidade, ansiedade e estresse podem aumentar significativamente

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    Estudos mostram que o tempo ideal de horas de sono varia para cada pessoa, mas a média mundial é de seis a oito horas por noite. Durante o sono profundo, ocorre a liberação de hormônios importantes para a regulação do organismo

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    Muitas pessoas têm sono ruim e nem percebem isso. Na dúvida, que tal adotar algumas técnicas conhecidas como “higiene do sono”?

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    1. Crie uma rotina: procure deitar e levantar nos mesmos horários todos os dias, mesmo nos feriados e fins de semana

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    2. Durma um pouco mais cedo a cada dia: aproveite o período próximo ao fim das férias para dormir cerca de 30 minutos antes do horário que estava acostumado a ir para a cama a cada dia, até chegar no horário ideal

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    3. Levante-se se não conseguir dormir: saia da cama se tiver dificuldade de adormecer. Faça algo relaxante como respirar fundo, ouvir música suave ou ler um livro. Recomenda-se não ligar a televisão ou mexer no celular. Só retorne para a cama quando estiver sonolento

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    4. Cama é para dormir: nunca use a cama para estudar, ler, ver TV, ficar no computador ou no celular. O corpo precisa entender que aquele é um ambiente de relaxamento

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    5. Mantenha o quarto escuro: ter um quarto completamente escuro, sem luminosidade externa ou luzes de aparelhos eletrônicos facilita o sono

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    6. Evite cochilos: limite cochilos diurnos a menos de uma hora de duração e até as 15h, para não prejudicar o sono da noite

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    7. Evite alimentos e bebidas estimulantes entre quatro e seis horas antes de deitar. Na lista entram energético, chocolate, café, refrigerantes, chás do tipo preto, verde, mate e chimarrão

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    8. Evite fazer exercícios físicos de alta intensidade nas três horas antes do horário programado para deitar. Eles podem deixar a pessoa muito alerta e atrapalhar o sono

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    9. Diminua o ritmo: separe de 15 a 30 minutos antes de deitar para relaxar e diminuir o ritmo. Desligar-se de estímulos externos ajuda a sinalizar o cérebro de que é hora de dormir

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    10. Evite bebidas alcoólicas e cigarro: eles também prejudicam o padrão do sono

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    Também ajuda ter uma alimentação mais leve durante a noite. “O jantar deve ser mais leve, com sopas, lanches, saladas e proteínas magras, duas horas antes de dormir, já que a capacidade de digestão é menor após o pôr do sol”, explica a endocrinologista Deborah Beranger, do Rio de Janeiro.

    A prática regular de exercícios físicos traz benefícios para o sono, mas é importante escolher o horário adequado. Atividades intensas à noite podem elevar a temperatura corporal e a frequência cardíaca, dificultando o relaxamento. O ideal é parar de fazer atividades físicas até três horas antes de ir para a cama.

    Reduzir o consumo de cafeína no fim do dia também é recomendado, já que a substância pode impactar negativamente a qualidade do sono.

    Caso os sintomas de cansaço, indisposição ou mal-estar persistam por muito tempo, é fundamental buscar ajuda médica. “Se mesmo após esses cuidados os desconfortos não diminuírem, eles podem indicar algo mais sério e será necessário investigar a causa para um tratamento adequado”, explica Thiago Piccirillo, clínico geral da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo.

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