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Governo prevê inflação de 4,8% em 2025 e queda no preço dos alimentos

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A Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda projeta estabilidade da inflação em 2025, com variação de 4,8% para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), valor similar à inflação observada em 2024 e acima do intervalo superior da meta (de 4,5%).

A inflação de alimentação, segundo a pasta, deve cair em 2025. “Os preços de carnes tendem a desacelerar até o final do ano, menos impactados pela reversão no ciclo de abate do gado e pelo avanço das exportações”, diz a secretaria.

O cenário também deverá ser mais favorável para o arroz, feijão, alimentos in natura e derivados de soja e leite, refletindo as boas perspectivas para o clima e para a produção agrícola em 2025.

Em contrapartida, os preços de trigo e derivados tendem a subir, impactados pela baixa colheita em 2024.


Entenda

  • Projeções para a inflação de 2025 foram apresentadas por secretaria do Ministério da Fazenda.
  • Preços dos alimentos, que têm pressionado a inflação oficial do país, devem recuar neste ano, projeta a pasta.
  • A inflação de alimentos passou de -0,5% em 2023 para 8,2% em 2024. Houve forte aceleração nos preços de carnes, leite e derivados e café
  • IPCA é o termômetro oficial da inflação. O índice mede a variação mensal dos preços na cesta de vários produtos e serviços, comparando-os com o mês anterior. A diferença entre os dois itens da equação representa a inflação do mês observado.

A inflação de alimentos passou de -0,5% em 2023 para 8,2% em 2024. Houve forte aceleração nos preços de carnes, leite e derivados e café.

No caso das carnes, os preços refletiram tanto o crescimento das exportações quanto do consumo doméstico, além de restrições na oferta a partir do último trimestre do ano devido à reversão no ciclo do abate do gado.

Já o aumento nos preços do leite esteve ligado à estiagem em regiões produtoras, afetando a qualidade das pastagens. Queimadas e secas prejudicaram a colheita do café.

Inflação de janeiro de 2025

Como mostrado pelo Metrópoles nesta semana, os preços de bens e serviços do país subiram 0,16% em janeiro, menor taxa para o mês desde 1994, ano da implantação do Plano Real. O índice representa recuo de 0,36 ponto percentual em comparação a dezembro de 2024 (0,52%) e mostra desaceleração. O Brasil, no entanto, tem inflação acumulada de 4,56% — ainda acima do teto da meta para este ano.

O resultado do mês passado ficou dentro do esperado por analistas do mercado financeiro e foi mais impactado pelos preços da energia elétrica residencial, que recuaram 14,21% no mês passado.

Por outro lado, o grupo dos Transportes avançou 1,30% em janeiro e o grupo Alimentação e bebidas avançou pelo quinto mês consecutivo (0,96%).

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