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terça-feira, 1 abril, 2025
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    HomeBrasilGilmar Mendes segue Toffoli para anular atos de Palocci na Lava Jato

    Gilmar Mendes segue Toffoli para anular atos de Palocci na Lava Jato

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    O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou para manter a anulação de todas as provas e processos contra o ex-ministro Antonio Palocci na Operação Lava Jato. O magistrado acompanhou o entendimento do ministro Dias Toffoli, que já havia acolhido um pedido da defesa de Palocci para invalidar integralmente a fase pré-processual e processual.

    O julgamento ocorre no Plenário Virtual da Segunda Turma e teve início na sexta-feira (28/3). Toffoli argumentou que houve conluio entre o então juiz Sergio Moro e procuradores do Ministério Público Federal (MPF), o que, segundo ele, comprometeu a imparcialidade do processo.

    Em seu voto, Toffoli destacou diálogos entre Moro e integrantes da força-tarefa da Lava Jato que indicam uma relação indevida entre acusação e magistrado. Um dos exemplos mencionados foi a sugestão de Moro, atual senador, para que uma procuradora recebesse “treinamento” visando melhorar seu desempenho nas audiências que envolviam Palocci.

    “Fica clara a mistura da função de acusação com a de julgar, corroendo-se as bases do processo penal democrático”, escreveu Toffoli.

    “Assim, fica nítida a aderência estrita, revelada pela condição de corréus do requerente e do sujeito originariamente beneficiado pelo ato judicial cuja extensão se postula e pela ausência de motivos de ordem exclusivamente pessoal”, prosseguiu o ministro.

    Anulação total, mas delação mantida

    A decisão anula não apenas condenações, mas também investigações conduzidas pelo MPF contra Palocci no âmbito da Lava Jato. O ex-ministro pleiteava o mesmo benefício concedido por Toffoli ao empreiteiro Marcelo Odebrecht em maio de 2024.

    Apesar da anulação das provas e processos, o termo de colaboração premiada firmado por Palocci com a Polícia Federal (PF) segue válido.

    Toffoli anulou as provas em fevereiro, mas a decisão precisa ser consolidada no Plenário.

    Com o voto de Gilmar Mendes, o julgamento segue pendente da manifestação dos demais ministros da Segunda Turma do STF. Faltam os votos de Edson Fachin, Nunes Marques e André Mendonça.

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