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quinta-feira, 6 fevereiro, 2025
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    Da obesidade ao AVC: veja como a diabetes se associa a outras doenças

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    O Brasil é o 5º país do mundo com o maior número de pacientes diabéticos. Ao todo, mais de 16 milhões de brasileiros têm diabetes, seja a de tipo 1 ou tipo 2 (mais comum). A doença é fator de risco para uma série de condições, bem como pode ser consequência de algumas enfermidades.

    Abaixo, especialistas explicam como a diabetes se relaciona com doenças que atingem todo o organismo. Confira:

    Obesidade

    Aproximadamente 20% dos brasileiros estão obesos, apontam dados da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso). Vale destacar que a obesidade é uma doença crônica, e um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento da diabetes tipo 2. Estudos mostram que pessoas com obesidade grave têm risco até 23 vezes mais alto de desenvolver diabetes do que aquelas cujo IMC é abaixo de 30.

    “A obesidade contribui para a resistência à insulina, condição na qual as células do corpo não respondem adequadamente ao hormônio, levando ao aumento dos níveis de glicose no sangue. Além disso, o excesso de gordura, especialmente na região abdominal, está associado a inflamações crônicas e alterações hormonais que podem agravar ainda mais o risco de diabetes”, explica Andrea Pereira, médica nutróloga e cofundadora do Instituto Obesidade Brasil.

    Controlar o peso por meio de uma alimentação balanceada e prática regular de exercícios físicos é fundamental para a prevenção da diabetes tipo 2. Pequenas mudanças no estilo de vida podem ter um grande impacto na saúde geral e na prevenção da doença. Segundo Andrea, perdas de 10% a 15% de peso auxiliam no controle da glicemia.

    Além disso, a cirurgia bariátrica pode ser um dos caminhos para o tratamento da doença, já que estudos comprovam que o procedimento auxilia no controle não só da diabetes, como também da pressão arterial.

    Segundo o presidente do Instituto Obesidade Brasil, o cirurgião bariátrico Carlos Schiavon, pacientes submetidos à cirurgia conseguem um melhor controle da diabetes com menos medicamentos e, em alguns casos, atingem a remissão, isto é, ficam com a diabetes sob controle sem medicação.

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    A diabetes é uma doença que tem como principal característica o aumento dos níveis de açúcar no sangue. Grave e, durante boa parte do tempo, silenciosa, ela pode afetar vários órgãos do corpo, tais como: olhos, rins, nervos e coração, quando não tratada

    Oscar Wong/ Getty Images

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    A diabetes surge devido ao aumento da glicose no sangue, que é chamado de hiperglicemia. Isso ocorre como consequência de defeitos na secreção ou na ação do hormônio insulina, que é produzido no pâncreas

    moodboard/ Getty Images

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    A função principal da insulina é promover a entrada de glicose nas células, de forma que elas aproveitem o açúcar para as atividades celulares. A falta da insulina ou um defeito na sua ação ocasiona o acúmulo de glicose no sangue, que em circulação no organismo vai danificando os outros órgãos do corpo

    Peter Dazeley/ Getty Images

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    Uma das principais causas da doença é a má alimentação. Dietas ruins baseadas em alimentos industrializados e açucarados, por exemplo, podem desencadear diabetes. Além disso, a falta de exercícios físicos também contribui para o mal

    Peter Cade/ Getty Images

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    A diabetes pode ser dividida em três principais tipos. A tipo 1, em que o pâncreas para de produzir insulina, é a tipagem menos comum e surge desde o nascimento. Os portadores do tipo 1 necessitam de injeções diárias de insulina para manter a glicose no sangue em valores normais

    Maskot/ Getty Images

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    Já a diabetes tipo 2 é considerada a mais comum da doença. Ocorre quando o paciente desenvolve resistência à insulina ou produz quantidade insuficiente do hormônio. O tratamento inclui atividades físicas regulares e controle da dieta

    Artur Debat/ Getty Images

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    A diabetes gestacional acomete grávidas que, em geral, apresentam histórico familiar da doença. A resistência à insulina ocorre especialmente a partir do segundo trimestre e pode causar complicações para o bebê, como má formação, prematuridade, problemas respiratórios, entre outros

    Chris Beavon/ Getty Images

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    Além dessas, existem ainda outras formas de desenvolver a doença, apesar de raras. Algumas delas são: devido a doenças no pâncreas, defeito genético, por doenças endócrinas ou por uso de medicamento

    Guido Mieth/ Getty Images

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    É comum também a utilização do termo pré-diabetes, que indica o aumento considerável de açúcar no sangue, mas não o suficiente para diagnosticar a doença

    GSO Images/ Getty Images

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    Os sintomas da diabetes podem variar dependendo do tipo. No entanto, de forma geral, são: sede intensa, urina em excesso e coceira no corpo. Histórico familiar e obesidade são fatores de risco

    Thanasis Zovoilis/ Getty Images

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    Alguns outros sinais também podem indicar a presença da doença, como saliências ósseas nos pés e insensibilidade na região, visão embaçada, presença frequente de micoses e infecções

    Peter Dazeley/ Getty Images

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    O diagnóstico é feito após exames de rotina, como o teste de glicemia em jejum, que mede a quantidade de glicose no sangue. Os valores de referência são: inferior a 99 mg/dL (normal), entre 100 a 125 mg/dL (pré-diabetes), acima de 126 mg/dL (Diabetes)

    Panyawat Boontanom / EyeEm/ Getty Images

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    Qualquer que seja o tipo da doença, o principal tratamento é controlar os níveis de glicose. Manter uma alimentação saudável e a prática regular de exercícios ajudam a manter o peso saudável e os índices glicêmicos e de colesterol sob controle

    Oscar Wong/ Getty Images

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    Quando a diabetes não é tratada devidamente, os níveis de açúcar no sangue podem ficar elevados por muito tempo e causar sérios problemas ao paciente. Algumas das complicações geradas são surdez, neuropatia, doenças cardiovasculares, retinoplastia e até mesmo depressão

    Image Source/ Getty Images

    AVC

    Pessoas com diabetes têm aproximadamente 1,5 mais chances de sofrer AVC do que indivíduos sem a condição. O neurocirurgião Victor Hugo Espíndola alerta que a doença não tratada é um dos fatores de risco para o derrame.

    ‘’Altos níveis de açúcar no sangue, além de danificar os vasos sanguíneos e os nervos, contribuem para o depósito de gordura nas artérias (conhecidas como placas ateroscleróticas), o que deixa o AVC com mais probabilidade de acontecer”, alerta.

    Dados da American Heart Association (AHA) mostram que cerca de 16% dos adultos com mais de 65 anos com diabetes morrem vítimas de um derrame (AVC). ‘’Quando o paciente tem obesidade, pressão alta, é fumante e não tem uma dieta saudável, a pessoa vira uma ‘bomba relógio’ para um AVC’’, alerta Espíndola.

    O neurocirurgião lista algumas medidas que podem ser ajudar a prevenir a diabetes e, assim, um AVC:

    Alimentar-se de forma mais saudável com alimentos ricos em fibras, vitaminas e sais minerais;
    Praticar exercícios regularmente;
    Manter um peso saudável;
    Ter boas noites de sono;
    Evitar álcool e cigarro;
    Fazer avaliações médicas periodicamente.

    Leia a reportagem completa no Saúde em Dia, parceiro do Metrópoles.

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