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    Câncer de ânus causou quase 7 mil mortes no Brasil nos últimos 10 anos

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    Dados inéditos divulgados pela Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP) nessa segunda-feira (3/2) revelam que 6.814 pessoas morreram em decorrência do câncer de ânus no Brasil entre 2015 e 2023.

    A maioria dos casos de câncer de ânus é consequência da infecção pelo HPV. O papiloma vírus humano é amplamente conhecido pela relação com o câncer de colo de útero, mas a infecção também está associada a outros tipos de tumores como os de garganta, pênis, vagina e ânus.

    O levantamento da SBCP identificou cerca de 38 mil internações por câncer anal na última década. Apesar de representar apenas 2% dos tumores colorretais (aqueles que atingem toda a porção final do sistema digestivo), os autores da pesquisa alertam que a incidência da doença vem crescendo em média 4% ao ano.

    Especialistas apontam dois fatores principais para o aumento: a redução do estigma em relação ao sexo anal desprotegido e o maior tempo de vida de pessoas com HIV, que frequentemente sofrem com infecções mais graves também do HPV.

    Prevenção é a chave

    Atualmente, mais de 54% das mulheres e 41% dos homens sexualmente ativos têm algum tipo de HPV. A principal via de transmissão do vírus é sexual, e o uso de proteção durante o ato é uma das medidas mais eficazes para evitar a infecção.

    Mas o vírus pode ser transmitido por contato com mucosas infectadas, mesmo sem penetração. Por isso, especialistas defendem que a vacinação em larga escala é a forma mais eficaz de conter a propagação do HPV.

    O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece gratuitamente o imunizante para meninas e meninos de 9 a 14 anos, além de grupos especiais, como pessoas com HIV e vítimas de violência sexual. Para as demais pessoas, a vacina pode ser adquirida em laboratórios particulares.

    Entre 2022 e 2023, o número de doses aplicadas no público masculino cresceu 70%, mas a cobertura entre meninos ainda é 24 pontos percentuais menor que entre meninas.

    Sintomas do câncer de ânus

    O câncer anal nem sempre apresenta sintomas evidentes. Sangramentos, dor, coceira e nódulos podem ser confundidos com problemas como hemorroidas. Isso faz com que o diagnóstico muitas vezes ocorra tardiamente, dificultando o tratamento.

    Exames de rastreamento, como pesquisa de sangue oculto nas fezes e colonoscopia, são fundamentais para detectar a doença em fases iniciais.

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    De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), a estimativa é de que o problema tenha provocado o óbito de cerca de 20 mil pessoas no Brasil apenas em 2019

    O mês de março é dedicado à divulgação de informações sobre a doença. Se detectado precocemente, o câncer de intestino é tratável e o paciente pode ser curado
    Os principais fatores relacionados ao maior risco de desenvolver câncer do intestino são: idade igual ou acima de 50 anos, excesso de peso corporal e alimentação pobre em frutas, vegetais e fibras
    Doenças inflamatórias do intestino, como retocolite ulcerativa crônica e doença de Crohn, também aumentam o risco de câncer do intestino, bem como doenças hereditárias, como polipose adenomatosa familiar (FAP) e câncer colorretal hereditário sem polipose (HNPCC)
    Doses de café pode reduzir em 30% risco de câncer de intestino
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    Também conhecido como câncer de cólon e reto ou colorretal, abrange os tumores que se iniciam na parte do intestino grosso -chamada cólon -, no reto e ânus

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    De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), a estimativa é de que o problema tenha provocado o óbito de cerca de 20 mil pessoas no Brasil apenas em 2019

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    O mês de março é dedicado à divulgação de informações sobre a doença. Se detectado precocemente, o câncer de intestino é tratável e o paciente pode ser curado

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    Os principais fatores relacionados ao maior risco de desenvolver câncer do intestino são: idade igual ou acima de 50 anos, excesso de peso corporal e alimentação pobre em frutas, vegetais e fibras

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    Doenças inflamatórias do intestino, como retocolite ulcerativa crônica e doença de Crohn, também aumentam o risco de câncer do intestino, bem como doenças hereditárias, como polipose adenomatosa familiar (FAP) e câncer colorretal hereditário sem polipose (HNPCC)

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    Doses de café pode reduzir em 30% risco de câncer de intestino

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    Os sintomas mais associados ao câncer do intestino são: sangue nas fezes, alteração do hábito intestinal, dor ou desconforto abdominal, fraqueza e anemia, perda de peso sem causa aparente, alteração das fezes e massa (tumoração) abdominal

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    O diagnóstico requer biópsia (exame de pequeno pedaço de tecido retirado da lesão suspeita). A retirada da amostra é feita por meio de aparelho introduzido pelo reto (endoscópio)

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    O tratamento depende principalmente do tamanho, localização e extensão do tumor. Quando a doença está espalhada, com metástases para o fígado, pulmão ou outros órgãos, as chances de cura ficam reduzidas

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    A cirurgia é, em geral, o tratamento inicial, retirando a parte do intestino afetada e os gânglios linfáticos dentro do abdome. Outras etapas do tratamento incluem a radioterapia, associada ou não à quimioterapia, para diminuir a possibilidade de retorno do tumor

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    A manutenção do peso corporal adequado, a prática de atividade física, assim como a alimentação saudável são fundamentais para a prevenção do câncer de intestino

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    Além disso, deve-se evitar o consumo de carnes processadas (por exemplo salsicha, mortadela, linguiça, presunto, bacon, blanquet de peru, peito de peru, salame) e limitar o consumo de carnes vermelhas até 500 gramas de carne cozida por semana

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    Tratamento

    O tratamento varia conforme o estágio da doença e pode incluir cirurgia, quimioterapia, radioterapia ou imunoterapia. Em casos avançados, a combinação de radioterapia e quimioterapia antes da cirurgia pode aumentar as chances de controle local do tumor.

    “A combinação de radioterapia e quimioterapia, antes da cirurgia, o chamado tratamento neoadjuvante, pode fazer com a doença torne-se ressecável, favorecendo o maior controle local da doença.” explica a radio-oncologista Stella Sala Soares Lima, membro titular da Sociedade Brasileira de Radioterapia (SBRT), médica do departamento de Radioterapia do Hospital Luxemburgo do Instituto Mario Penna e do Hospital Felício Rocho, em Minas Gerais.

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