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quinta-feira, 6 fevereiro, 2025
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    HomeBrasilBolsonaro deixa PF após ficar em silêncio sobre tentativa de golpe

    Bolsonaro deixa PF após ficar em silêncio sobre tentativa de golpe

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    A Polícia Federal colhe depoimentos, na tarde desta quinta-feira (22/2), para apurar informações relacionadas às suspeitas de que uma organização criminosa trabalhava para promover um golpe de Estado no país, em 2022, ano eleitoral. As oitivas serão realizadas ao mesmo tempo, em salas separadas, em diversas partes do país, a fim de evitar que os investigados combinem versões.

    Os depoimentos colhidos serão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras 23 pessoas no âmbito da investigação. O ex-presidente chegou à PF no início da tarde e ficou apenas alguns minutos no local. Ele ficou em silêncio, conforme já tinha antecipado sua defesa.

    “Esse silêncio não é só o uso constitucional do silencio, mas uma estratégia baseada no fato de que a defesa não teve acesso a todos os elementos os quais estão sendo imputados pela pratica de certos delitos”, disse o advogado Paulo Bueno, que representa Bolsonaro.

    Outros aliados que serão ouvidos também já estão presentes.

    Veja:

    Bolsonaro já adiantou que ficará em silêncio durante o depoimento. O ex-presidente afirmou, em documento enviado ao STF, que só prestaria depoimento se seus advogados tivessem acesso ao processo, mas o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), relator do caso, Alexandre de Moraes, respondeu que a defesa do ex-presidente já tem acesso ao material das investigações. Exceto o que não pode ser liberado por ainda ter investigação em andamento ou ser fruto de delação premiada.

    Por outro lado, o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, disse que vai depor e vai falar aos investigadores. Torres participa de oitiva na mesma data do ex-chefe. Ele adotará a estratégia de dizer que não há crime em suas falas em reunião gravada em junho de 2022 e anexada às investigações.

    Veja os investigados convocados para depor:

    Brasília

    Jair Bolsonaro: ex-presidente
    Augusto Heleno: general, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional
    Braga Netto: general ex-chefe da Casa Civil
    Anderson Torres: delegado ex-ministro da Justiça e Segurança Pública
    Paulo Sérgio Nogueira: general, ex-ministro da Defesa
    Marcelo Câmara – coronel, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro
    Marcelo Fernandes – ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral
    Cleverson Ney Magalhães: coronel, ex-oficial do Comando de Operações Terrestres
    Almir Garnier: ex-comandante da Marinha
    Valdemar Costa Neto: presidente do PL
    Bernardo Romão: coronel do Exército
    Bernardo Ferreira de Araújo Júnior
    Ronaldo Ferreira de Araújo Junior

    Ceará

    Estevam Theophilo – coronel do Exército (depoimento no Ceará)

    Rio de Janeiro

    Hélio Ferreira Lima
    ⁠Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros
    ⁠Ailton Gonçalves Moraes de Barros
    ⁠Rafael Martins Oliveira – major que era das Forças Especiais

    São Paulo

    Amauri Feres Saad
    ⁠José Eduardo de Oliveira

    Paraná

    Filipe Garcia Martins – ex-assessor para Assuntos Internacionais da Presidência

    Minas Gerais

    Éder Balbino

    Mato Grosso do Sul

    Laércio Virgílio

    Espírito Santo

    Ângelo Martins Denicoli

    Bolsonaro, aliados e ex-integrantes de seu governo foram alvos da Operação Tempus Veritatis, no dia 8 de fevereiro, com o cumprimento de mandados de prisão temporária e busca e apreensão. Eles são suspeitos de ter organizado uma tentativa de golpe no Brasil para reverter o resultado das eleições e a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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