A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) realizou, na tarde desta segunda-feira (21/4), coletiva de imprensa em Brasília (DF) para se pronunciar sobre a morte do papa Francisco. O pontífice faleceu em sua casa, no Vaticano, nas primeiras horas do dia, aos 88 anos, durante recuperação de um grave quadro de pneumonia dupla.
A coletiva foi conduzida por Dom Ricardo Hoepers, secretário-geral da CNBB. O religioso descreveu Francisco como “uma benção para o nosso tempo”.
“Um pontificado marcado pelo estilo de pastor próximo, simples, atento às periferias, guiado pelo Evangelho das misericórdias e pelo sopro do Espírito”, descreveu Dom Ricardo.
O secretário-geral afirmou que a CNBB recebeu a notícia do falecimento com “profunda comoção, reverência e gratidão” aos serviços prestados pelo papa Francisco.
Dom Giambattista Diquattro, representante do Vaticano no Brasil, lembrou que o Brasil foi o primeiro país visitado pelo papa Francisco. “Nosso amado pontífice quis, ainda ontem, entregar-se mais uma vez à sua igreja. Até o fim, deu testemunho de sua paixão pela sua igreja”, destacou.
Participação na Páscoa e saúde fragilizada
O pontífice ficou internado por cerca de 40 dias após ser diagnosticado com pneumonia dupla. Nesse sábado (19/4), ele apareceu em público, na Basílica de São Pedro, no Vaticano. No Domingo de Páscoa (20/4), fez aparição pública na Praça de São Pedro para abençoar os fiéis.
Durante a aparição pública na Praça de São Pedro, ele acenou para as milhares de pessoas que estavam presentes e fez um apelo aos responsáveis políticos “para que não cedam à lógica do medo, mas usem os recursos disponíveis para ajudar os necessitados, combater a fome e promover iniciativas que favoreçam o desenvolvimento”.
Papa Francisco
Jorge Mario Bergoglio nasceu em Buenos Aires, na Argentina, em 17 de dezembro de 1936, e foi eleito pontífice em 13 de março de 2013, quando adotou o nome Francisco, em referência a São Francisco de Assis.
Filho de Mário Bergoglio e Regina Maria Sivori, imigrantes italianos, Francisco se formou em química, mas decidiu se dedicar à vida sacerdotal aos 20 anos, em 1958, quando se tornou padre.