Home Brasilia Analista investigado por ligação com crime deve ter “grave punição”

Analista investigado por ligação com crime deve ter “grave punição”

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O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) informou que o analista Suedney dos Santos, alvo de mandado de prisão nessa terça-feira (26/12) por suposta ligação com uma organização criminosa, também será investigado em procedimento instaurado pela instituição.

Em nota à imprensa, o órgão afirma que a investigação interna “deve resultar em grave punição”. O MPDFT destacou que acompanha o caso e já havia, inclusive, suspendido o acesso do servidor aos sistemas internos de informação.

“Com relação às investigações que resultaram no pedido de prisão, o MPDFT informa que tem atuado com firmeza para que as decisões judiciais sejam cumpridas. No entanto, é preciso alertar que o processo corre em segredo de Justiça e o procedimento da Instituição, nesses casos, é respeitar o sigilo imposto pela Justiça. Por isso, não é possível adiantar, neste momento, quais providências estão sendo tomadas”, diz o texto.

O Ministério Público também reforçou que “abomina qualquer tipo de prática criminosa, sobretudo entre aqueles que foram admitidos no serviço público com o compromisso de atuar pela ordem jurídica”.

Entenda o caso

A organização criminosa liderada pelo empresário Ronaldo de Oliveira, alvo central da Operação Old West, contava com a participação de Suedney dos Santos.

Segundo as apurações da Polícia Civil (PCDF), o servidor advogava indiretamente para o “chefe” e o mantinha informado sobre dados sigilosos relacionados a processos que tramitavam na Justiça.

O analista é investigado por receber propina para repassar informações sigilosas indevidamente. Pelos atos de corrupção, o servidor começou a receber pagamentos feitos pelo empresário ainda em 2017, quando foram transferidos R$ 3 mil para a conta dele.

O servidor ainda receberia mais R$ 20 mil, pagos em 14 de março de 2018, exatamente na véspera da Operação Trickster, e mais R$ 140 mil.

À época, a força-tarefa apurou a existência de um esquema criminoso que desviou R$ 1 bilhão por meio de fraudes no sistema de bilhetagem eletrônica do extinto Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans). A organização criminosa era liderada por Ronaldo de Oliveira.

Veja imagens do analista Suedney dos Santos, braço do empresário no MPDFT:


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Relação próxima

A relação entre o analista do MPDFT e o empresário era tão próxima e frequente que os investigadores identificaram 122 ligações telefônicas entre os dois, até 24 horas antes de ser deflagrada a Operação Trickster.

As investigações ainda mapearam que uma empresa pertencente a Ronaldo de Oliveira transferiu R$ 10 mil, entre janeiro e março de 2020, para a conta da esposa de Suedney.

No período dos depósitos, o empresário estava foragido, com mandado de prisão preventiva em aberto. Ronaldo foi preso só 28 de setembro de 2o20. Mesmo antes do desencadeamento da Operação Trickster, o analista do MPDFT continuou a prestar serviços advocatícios ao investigado, em troca de dinheiro.

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