Home Brasilia Seis picaretas do golpe das pousadas fake de “Piri” ficarão presos

Seis picaretas do golpe das pousadas fake de “Piri” ficarão presos

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A pedido da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), o Juiz do Plantão Judicial do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) decretou a prisão preventiva de seis presos envolvidos na Operação Sem Reservas da 18ª Delegacia de Polícia (Brazlândia), na noite deste sábado (15/3). A operação foi deflagrada, na quarta-feira (12/3) para desmantelar um esquema de fraudes no pagamento antecipado de diárias para falsas pousadas do município goiano de Pirenópolis.

Segundo o magistrado, a prisão preventiva é necessária para garantia da ordem pública, pois extrai-se dos autos a gravidade concreta das condutas imputadas, cometidas por organização criminosa e que causaram vultoso prejuízo financeiro a inúmeras vítimas. Ainda segundo o Juiz, há risco concreto de reiteração criminosa, pois extrai-se dos elementos reunidos que os investigados continuavam a praticar os delitos mesmo após a prisão preventiva de outros envolvidos, demonstrando que há perigo na concessão da liberdade e insuficiência das medidas cautelares diversas da prisão.

Conduzida pela 18ª Delegacia de Polícia (Brazlandia), a investigação apontou que os estelionatários aplicaram os golpes em pelo menos 62 pessoas, entre os anos de 2023 e 2024. As equipes cumpriram sete mandados de prisão temporária em Goiânia. Pelo menos cinco vítimas são moradoras de Brazlândia. De acordo com a PCDF, os estelionatários criavam perfis falsos de pousadas de Pirenópolis nas redes sociais, especialmente no Instagram, e ofereciam diárias a preços atraentes.

Estrutura hierarquizada

As vítimas eram induzidas a realizar pagamentos via Pix, após negociações realizadas por meio de mensagens no WhatsApp, em que os criminosos se passavam por donos ou responsáveis legais das pousadas fake na cidade do Entorno do Distrito Federal.

Durante as conversas, os estelionatários geravam contratos falsos, inclusive com timbres e logomarcas das pousadas, para dar impressão de legitimidade à negociação. Após o pagamento, as vítimas eram bloqueadas no WhatsApp. Muitas foram até as pousadas e só perceberam a fraude ao chegar em Pirenópolis.

A investigação revelou que o esquema envolvia uma estrutura hierarquizada, com divisão de tarefas e uso de diversas contas bancárias e códigos Pix e inúmeros perfis falsos no Instagram. A apuração levou à identificação de criminosos que, previamente ajustados, montavam os perfis e executavam os golpes. Todos foram presos na manhã desta quarta em Goiânia, em ação conjunta da PCDF e PCGO, que também cumpriu sete mandados de busca. A operação policial envolveu 56 policiais.

Veja o vídeo da operação:

Os mandados foram expedidos pelo juiz da Vara Criminal e Tribunal do Júri de Brazlândia. Esta é a segunda operação da PCDF que mira golpes de falsas pousadas de Pirenópolis.

A primeira operação, intitulada Pireneus, foi deflagrada em novembro do ano passado e prendeu três pessoas. Todos já figuram como réus em ação penal de crimes de estelionato e organização criminosa.

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