Autor do requerimento para abrir a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado, o senador Alessandro Vieira (Podemos-SE) afirmou ao Metrópoles que o colegiado será aberto após a conclusão das demais CPIs em vigor no Senado. O parlamentar afirmou que conversou com o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP), de quem recebeu a garantia de instauração.
“O presidente Alcolumbre apoia a CPI. Apenas pediu tempo para encerrar CPIs já em andamento e superar as questões do orçamento. [Conversamos] antes de apresentar o requerimento e depois de atingir as assinaturas”, afirmou Alessandro Vieira. Ele espera que o colegiado seja instaurado ainda no primeiro semestre.
Atualmente, existem duas CPIs em vigor no Senado. A das Bets e a da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas. O prazo de funcionamento da primeira encerra no dia 30/4 deste ano. Já a segunda deve ser encerrada até 1/4, já contando com prorrogação.
Já o Orçamento foi resolvido na última quinta-feira (20/3), quando o Congresso aprovou o planejamento dos gastos públicos em 2025, com três meses de atraso. A crise das emendas com o Supremo Tribunal Federal (STF) travou a análise da peça.
O requerimento da CPI do Crime Organizado foi protocolado no dia 8/3. O objetivo da comissão é investigar eventual aumento da influência do crime organizado. Para o senador, há “um grande negócio ilícito”, com impactos não somente na segurança pública, mas também na economia do Brasil.
O colegiado também deve se debruçar sobre o financiamento das organizações criminosas. Outro ponto no escopo da CPI é a atuação das milícias, com destaque aos casos do Rio de Janeiro, mas também em outros estados.