São Paulo – O PSol acionou o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) contra o pastor evangélico André Valadão, após ele compartilhar em uma rede social mensagem desestimulando seus fiéis a estudarem em faculdades.
De acordo com o requerimento, assinado por três parlamentares, o líder da Igreja Batista Lagoinha, que fica em Belo Horizonte (MG), tem responsabilidade sobre a influência que exerce na vida de seus seguidores.
Em uma pregação na internet, as falas do pastor dão a entender que os fiéis deveriam evitar que os filhos fizessem faculdade, se isso fosse causa de pecado.
“Não manda o seu filho para a faculdade. Vai vender picolé na garagem. ‘Ah, mas eu não criei meu filho para isso’. Você criou para quê? Para ele ir para o inferno? Criou sua filha para virar uma vagabunda, rodada, ou para ser uma mulher santa, digna, de família e cheia de Deus? Aí ela tem um diploma e é rodada, é doida”.
Veja:
“Prejuízos irreparáveis”, dizem parlamentares do PSol
Os deputados Luciene Cavalcante, Carlos Giannazi e o vereador Celso Giannazi, do Psol, ainda afirmam que a fala “preconceituosa” do religioso pode gerar “prejuízos irreparáveis” no processo de aprendizado e desenvolvimento “emocional de cognitivo” de mulheres e jovens.
No documento enviado ao MPMG, os parlamentares pedem para que a Promotoria determine que o pastor se retrate publicamente, “reconhecendo a afronta ao direito à educação” além do “preconceito de gênero”.
A retirada dos vídeos de sua redes sociais também foi solicitada.
Após as falas polêmicas, Valadão apareceu, em vídeo publicado nas redes sociais, passeando pela Universidade de Harvard, nos Estado Unidos, na companhia de seus herdeiros, no último domingo (23/6).
Nas imagens, o pastor debocha: “Olha aqui na localização onde estou hoje passeando com meus filhos”.