O Supremo Tribunal Federal (STF) marcou, para 16 a 23 de fevereiro, o julgamento para analisar os recursos apresentados pelo empresário Roberto Mantovani Filho, suspeito de agredir o filho do ministro Alexandre de Moraes, da Suprema Corte, durante discussão no Aeroporto de Roma, na Itália.
O julgamento será feito no plenário virtual. Neste formato não há um debate entre os ministros, os votos são adicionados diretamente no sistema eletrônico do STF.
A sessão de 16 de fevereiro deve ser aberta com o voto do relator, o ministro Dias Toffoli.
Agressão em Roma
O ministro Alexandre de Moraes foi hostilizado por um grupo de brasileiros em julho do ano passado. O magistrado estava acompanhado por sua família quando o foi abordado e chamado de “bandido” e “comunista”.
Os suspeitos de agressão são Roberto Mantovani Filho, Andreia Munarão, e Alex Zanatta Bignotto. Após a confusão, o grupo desembarcou no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, onde foram abordados por agentes da Polícia Federal (PF).
A Procuradoria-Geral da República (PGR) informou ao STF que as agressões contra Moraes podem configurar como “grave ameaça ao livre exercício das funções constitucionais” do magistrado.
andreia e roberto mantovani
Casal Andréia e Roberto Mantovani
Redes sociais/Reprodução
Nas imagens coloridas, Andreia Munarão, Alexandre Zanatta e o empresário Roberto Mantovani Filho – Metrópoles
Andréia Munarão, Alexandre Zanatta e o empresário Roberto Mantovani Filho são apontados como os possíveis agressores do ministro Alexandre de Moraes
Reprodução
Roberto Mantovani chega para depor na PF
Empresário Roberto Mantovani chega para depor na PF em Piracicaba (SP)
Sam Pancher/Metrópoles
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Investigação
O inquérito da PF que investiga a discussão no aeroporto de Roma reconstituiu a dinâmica do dia do episódio. De acordo com a corporação, Roberto Mantovani “parece” ter batido com as costas da mão no filho de Moraes, Alexandre Barci.
Para a PF, as imagens do aeroporto indicam que Roberto Mantovani e a Andreia Munarão provocaram o tumulto.
Segundo relatório da polícia italiana, o empresário teria encostado “levemente” nos óculos de Alexandre Barci. A conclusão da Polizia di Stato foi encaminhada às autoridades brasileiras em 11 de agosto de 2023.