O cabelo é uma parte importante da autoestima e da identidade de cada um. Porém, quando fios caem e falhas começam a aparecer, o problema pode ir além da estética: uma série de condições, que vão de couro do cabelo muito oleoso até câncer, podem causar a queda capilar.
“Má nutrição associada à baixa ingestão de minerais e vitaminas essenciais para o bulbo capilar e fatores genéticos também podem causar a perda de fios”, aponta o tricologista Julio Pierezan, membro da Sociedade Brasileira do Cabelo (SBC).
Ao perceber a queda além do normal, a indicação é procurar um dermatologista para investigar as causas do problema.
Confira algumas doenças quem podem estar associadas à queda de cabelo:
1. Alopecia
O motivo mais comum para a queda capilar é a alopecia, também conhecida como calvície. Pierezan explica que a condição é dividida em alguns tipos, mas os principais são alopecia areata e a androgenética.
“A areata é perda de fios em tufos, enquanto a androgenética é caracterizada pela miniaturização progressiva do fio de cabelo. As principais causas para as alopecias são fatores genéticos e hormonais. No entanto, motivos externos, como estresse e condições da tireoide, também podem desencadear a calvície”, destaca Pierezan.
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Alopecia é uma condição caracterizada pela queda exagerada dos fios de cabelo. Pode acometer homens e mulheres em todas as idades e tem como principal indicativo a perda de mais de 100 fios por dia
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O aumento da quantidade de fios deixados no travesseiro e percepção de queda abrupta dos cabelos durante o banho ou ao penteá-los são alguns dos primeiros sinais. Além disso, a falta de cabelo ou a presença de poucos fios em certas regiões do couro cabeludo também podem indicar alopecia
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Entre as causas para o desenvolvimento do problema estão: doenças como hipotireoidismo e hipertireoidismo, lúpus eritematoso sistêmico, líquen plano, sífilis secundária e uso de certos medicamentos
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Além disso, reação hormonal no pós-parto, deficiência de ferro, zinco, biotina e proteína, uso de produtos químicos perigosos, micose no couro cabeludo ou até mesmo estresse podem desencadear a condição
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A alopecia pode ser classificada como areata, androgenética, traumática, seborreica e eflúvio. A alopecia areata é causada por fatores emocionais ou autoimunes. A androgenética, também conhecida como calvície, é mais frequente em homens e é causada por fatores genéticos associados à taxa de testosterona na corrente sanguínea
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A alopecia traumática pode ser causada por traumatismo na cabeça ou pelo hábito frequente de arrancar os fios de cabelo. A seborreica é causada por uma dermatite, que pode ser tratada com o uso de medicamentos
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Já a alopecia eflúvio é caracterizada pela queda natural de cabelos. Contudo, nesta condição, a queda dos fios é acentuada e duradoura
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Ao apresentar queda fora do comum é importante consultar um dermatologista. Quanto antes a condição for identificada, mais eficiente será o tratamento
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Em casos mais graves e com diagnóstico tardio, algumas opções terapêuticas específicas podem ser indicadas, tais como: uso de medicamentos orais ou tópicos que favoreçam o crescimento dos cabelos e previnam a queda
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Já nos casos mais leves, o especialista pode indicar suplementação alimentar ou a utilização de produtos cosméticos em loção ou ampolas, que também favorecem o crescimento dos fios
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O tratamento para alopécia inclui a administração de remédios orais ou tópicos, ou uso de lasers, luz violeta, microinfusão de medicamentos na pele, mesoterapia e ledterapia. “Nos casos em que as falhas são visíveis, o mais indicado é o transplante capilar”, afirma o tricologista.
2. Câncer
Manchas vermelhas ou roxas no couro cabeludo ou na linha do cabelo podem indicar um tipo raro, porém grave, de câncer nos vasos sanguíneos — o angiossarcoma. O tumor se forma nas camadas internas dos vasos sanguíneos e linfáticos.
Ele pode surgir em várias partes do corpo, mas é mais comum na pele do couro cabeludo, cabeça ou pescoço. Normalmente, o angiossarcoma se manifesta como caroços ou manchas, mas também pode causar queda capilar.
“Se não houver dano no folículo piloso, responsável pela produção e crescimento de pelo, os fios podem voltar a crescer após o tratamento da doença”, explica Pierezan.
3. Parkinson
O tricologista conta que o estresse emocional e físico do Parkinson pode induzir a queda capilar, e os remédios usados no tratamento da doença também podem desencadear o problema.
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