Branca de Neve voltou aos cinemas com a versão live-action na última quinta-feira (20/3) em meio a diversas polêmicas, entre elas, a de alterar a história original da animação, lançada em 1937. O filme original foi uma marco para a Disney e ganhou um Oscar Honorário bastante diferente, que fez questão de celebrar a princesa e os sete anões.
O principal prêmio do cinema mundial concedeu um reconhecimento ao cineasta em 1939, dois anos após o lançamento da história da Branca de Neve. A forma como a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas escolheu para homenageá-lo foi inusitada: um Oscar tamanho original e sete mini estatuetas para representar os anões.
O Oscar Honorário é um prêmio concedido pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas a figuras importantes do cinema que não foram reconhecidas na principais categorias da premiação.
Branca de Neve estreia sob polêmicas e embates ideológicos: entenda
Branca de Neve, o novo live-action da Disney, chega aos cinemas nesta quinta-feira (20/3) marcado por polêmicas que envolveram desde a escolha das protagonistas até mudanças na trama e nos personagens. O filme, que reinterpreta a história da primeira princesa da Disney, se tornou um campo de batalha ideológico, com debates acalorados nos bastidores e reações divididas na divulgação.
A produção traz Rachel Zegler como a protagonista e Gal Gadot no papel da temível Rainha Má, sob a direção de Marc Webb.
Polêmicas
A primeira grande controvérsia envolveu a escolha de Rachel Zegler para o papel principal. Com ascendência colombiana, a atriz se tornou a primeira princesa latina da Disney, o que gerou uma série de críticas. A decisão também gerou debates sobre sua aparência, que difere da representação da personagem na animação original de 1937.
Já sob os holofotes, Zegler causou mais alvoroço ao criticar a história da animação original, chamando-a de “datada” e afirmando que o príncipe “literalmente persegue a princesa”. Suas declarações, somadas às mudanças na trama que ela revelou, intensificaram a antipatia do público, criando um ambiente ainda mais polarizado em torno da produção.
Sete anões
A representação dos Sete Anões também gerou polêmica. Antes do início das gravações, o ator Peter Dinklage, conhecido por seu papel em Game of Thrones, levantou preocupações sobre a forma como os personagens seriam retratados. Dinklage criticou a Disney por adotar uma postura progressista ao escalar a primeira princesa latina, enquanto mantinha a “história distorcida” dos anões vivendo juntos em uma caverna.
A fala de Dinklage dividiu a opinião dos atores com nanismo. Alguns apoiaram o ator, enquanto outros argumentaram que a exclusão dos anões poderia prejudicar as oportunidades de trabalho para esse grupo.
Em resposta, a Disney optou por usar efeitos visuais para criar os sete anões, contratando dubladores, sendo que apenas um deles era ator com nanismo.
Israel X Palestina
A escalação de Gal Gadot para o papel da Rainha Má também gerou controvérsia. A atriz israelense, conhecida por seu apoio irrestrito a Israel no conflito com a Palestina, teve sua posição política levantada nas redes sociais, o que criou tensão durante a divulgação do filme. Rachel Zegler, por sua vez, se manifestou firmemente a favor da Palestina, o que gerou um embate ideológico nos bastidores da produção.
Esse clima de divisão afetou diretamente a divulgação do filme. Segundo a Variety, a Disney decidiu realizar uma estreia com um evento mais restrito, com poucos representantes da imprensa e uma plateia reduzida. Além disso, Gal Gadot e Rachel Zegler participaram da promoção do filme de forma separada, evitando qualquer aparição conjunta.