Scooby, um cachorro vira-lata de 14 anos, foi resgatado de uma residência no bairro Praia de Iracema, em Fortaleza (CE), na última quinta-feira (27/3), após denúncias anônimas de maus-tratos.
Com infecção na pele, causada por larvas de moscas, anemia, magreza e dificuldades de locomoção, por conta do pelo endurecido devido aos anos de sujeira acumulada, o animal está sob os cuidados da ONG Anjos da Proteção Animal (APA).
Desde então, o cão tem passado por um processo intenso de tratamento. A tosa do animal, por exemplo, exigiu anestesia, durou cerca de 6 horas e teve como resultado quase 3 kg de pelagem endurecida que atrapalhavam sua locomoção.
Veja o antes e o depois de Scooby:
O objetivo é que Scooby tenha os melhores momentos de sua vida, já que, por ser idoso e estar muito debilitado, não se sabe quanto tempo ainda viverá. Com mais de 600 animais acolhidos pelo APA, o abrigo abriu uma vaquinha on-line e está arrecadando dinheiro para a compra de medicamentos, ração e para custear todo o tratamento e internação do Scooby.
Relembre o caso
O cachorro foi resgatado após denúncias anônimas de maus-tratos. A antiga tutora do animal, uma mulher de 47 anos, foi presa em flagrante.
Segundo a polícia, Scooby não tinha acesso a água e comida e ainda era mantido em ambiente anti-higiênico. Após o resgate, o cão foi levado a uma clínica veterinária e, desde então, está sob os cuidados do APA.
O Metrópoles conversou com Stefani Rodrigues, fundadora e proprietária do APA, que afirmou que, apesar de trabalhar há anos com o salvamento de animais, nunca tinha se deparado com um cachorro no estado em que Scooby se encontrava.
“Ele vai ficar sob a minha tutela, na minha casa, por conta da idade dele e problemas de saúde. Além disso, a gente precisa fazer uma ressocialização com ele, porque eu acredito que o Scooby nunca teve contato com pessoas. A gente quer oferecer o que ele nunca teve, o que foi roubado dele. Foram 14 anos, possivelmente, de sofrimento”, afirma, emocionada.
A antiga tutora do cachorro foi autuada pelo crime de maus-tratos e foi presa em flagrante pela Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA). Agora, ela vai passar por uma audiência de custódia e, caso condenada pelo crime, poderá cumprir uma pena de dois a cinco anos de prisão.
