Moradores da Vila Cauhy, no Núcleo Bandeirante, um dos locais mais afetados pelos temporais da madrugada de quarta-feira (3/1), tentam se organizar para evitar maiores prejuízos e garantir doações a quem perdeu quase tudo. À noite, após retornarem para casa, as famílias ainda contabilizavam os estragos e as perdas.
A Defesa Civil atua na área (foto em destaque) e entrega cestas básicas, colchões e cobertores para as famílias desabrigadas. Apesar disso, elas ainda precisam de móveis, alimentos e água mineral. A Administração Regional do Núcleo Bandeirante montou uma tenda para o recebimento de doações no local.
Veja imagens desta quinta-feira (4/1):
Vila Cauhy 2
Inundações na área, no Núcleo Bandeirante, deixaram 60 famílias desabrigadas
Hugo Barreto/Metrópoles
Vila Cauhy 3
Até o momento, não houve registro de feridos
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Vila Cauhy 4
Equipes da Defesa Civil estão na Vila Cauhy para averiguar a situação
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Vila Cauhy 7
As intensas chuvas fizeram com que o Córrego Riacho Fundo transbordasse e alagasse casas dos moradores da área
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Vila Cauhy 6
Após os registros de inundações, os bombeiros chegaram a orientar que alguns saíssem de seus imóveis
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Vila Cauhy 8
A Vila Cauhy foi uma das regiões mais atingidas pelo temporais no DF
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Vila Cauhy 1
Moradores da área contabilizam prejuízos e contam com doações
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Vila Cauhy 5
Vila Cauhy, no Núcleo Bandeirante
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Vila Cauhy 9
Enchente do córrego Riacho Fundo causou estragos na Vila
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George Eugênio da Rocha (foto abaixo) mora na Rua da Glória, a 150 metros do Córrego Riacho Fundo, que transbordou e cuja água invadiu grande parte dos imóveis da área, deixando 60 famílias desabrigadas.
Ao Metrópoles ele mostrou as marcas da chuva na parede de casa e os danos nas ruas após o alagamento. No segundo andar do imóvel, George Eugênio chegou a abrigar crianças da vizinhança que ficaram desalojadas, para salvá-las.
“Em questão de uma hora, a água do córrego tinha subido além da margem e alagado a casa dos vizinhos. Como a minha é de dois andares, subimos alguns móveis, colocamos as crianças lá em cima e começamos a dar suporte aos vizinhos. [Agora,] precisamos de água mineral e de mais assistência do governo”, desabafou.
Vila Cauhy após alagamento 8
George Eugênio da Rocha, morador da Rua da Glória, a 150 metros do córrego, mostra marca da água na parede
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Vila Cauhy após alagamento 7
Morador abrigou crianças da vizinhança que ficaram desalojadas
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Vila Cauhy após alagamento
Vila Cauhy, no Núcleo Bandeirante, na primeira noite após transbordamento do Córrego Riacho Fundo
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Vila Cauhy após alagamento 1
Bombeiros orientaram que moradores saíssem de casa e retornassem horas depois
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Vila Cauhy após alagamento 2
Famílias tiveram casas alagadas após chuvas intensas
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Vila Cauhy após alagamento 3
Vila Cauhy após temporais registrados entre terça (2/1) e quarta-feira (3/1)
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Vila Cauhy após alagamento 4
Moradores recebem ajuda da Defesa Civil
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Vila Cauhy após alagamento 6
Nessa quarta-feira (3/1), governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão (PP), decretou estado de alerta na capital do país devido às chuvas
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Vila Cauhy após alagamento 5
Chuvas intensas fizeram com que Córrego Riacho Fundo transbordasse
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Assista:
Após os registros de inundações, os bombeiros orientaram que algumas pessoas saíssem de casa e retornassem só depois que o nível da água abaixasse.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) calcula que, nos dois primeiros dias deste ano, choveu mais de 80% do esperado para todo o mês. E as precipitações ficarão mais regulares nos próximos dias, segundo as previsões do órgão.
Estado de alerta
Nessa quarta-feira (3/1), a governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão (PP), assinou um decreto que coloca o Distrito Federal em estado de alerta após as fortes chuvas que causaram estragos na capital do país.
Celina disse à coluna Grande Angular que a medida permite aos órgãos responsáveis pelo atendimento da população em situação de risco cancelar férias de servidores e deixar equipes preparadas para agir, devido à previsão de mais chuvas para os próximos dias.
“Em um primeiro momento, vamos decretar o estado de alerta, que obriga os órgãos do governo a monitorar, 24 horas por dia, tudo o que está acontecendo. Se percebermos que há dificuldade, podemos soltar mais um decreto. Essa medida é muito mais para que os órgãos de atendimento primário fiquem em alerta. Isso significa tirar pessoas das férias e colocar equipes de pronta-resposta para [prestar] atenção especial”, comentou Celina.
A governadora em exercício enfatizou que a medida se deu de maneira preventiva. “As secretarias estão mobilizadas. Fui visitar as áreas mais atingidas, e os órgãos trabalham para atender à população. As chuvas vieram com mais força não só no DF, mas em outros locais do país. Nossa maior preocupação é preservar vidas”, completou.