A Polícia Federal (PF) espera ouvir nesta quinta-feira (22/2) 24 pessoas no âmbito da investigação sobre a suspeita de tentativa de golpe de Estado. Para evitar a combinação de versões, todos serão recebidos ao mesmo tempo, às 14h, em Brasília, Ceará, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Espírito Santo.
Um dos esperados para o depoimento é o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele já adiantou que ficará em silêncio durante o depoimento. Segundo documento enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), só falaria se seus advogados tivessem acesso ao processo.
Entretanto, o relator do caso, o ministro Alexandre de Moraes, respondeu que a defesa do ex-presidente já tem acesso ao material das investigações. Exceto o que não pode ser liberado por ainda ter investigação em andamento ou ser furto de delação premiada.
Veja os investigados convocados para depor:
Brasília
Jair Bolsonaro: ex-presidente
Augusto Heleno: general, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional
Braga Netto: general ex-chefe da Casa Civil
Anderson Torres: delegado ex-ministro da Justiça e Segurança Pública
Paulo Sérgio Nogueira: general, ex-ministro da Defesa
Marcelo Câmara – coronel, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro
Marcelo Fernandes – ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral
Cleverson Ney Magalhães: coronel, ex-oficial do Comando de Operações Terrestres
Almir Garnier: ex-comandante da Marinha
Valdemar Costa Neto: presidente do PL
Bernardo Romão: coronel do Exército
Bernardo Ferreira de Araújo Júnior
Ronaldo Ferreira de Araújo Junior
Ceará
Estevam Theophilo – coronel do Exército (depoimento no Ceará)
Rio de Janeiro
Hélio Ferreira Lima
Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros
Ailton Gonçalves Moraes de Barros
Rafael Martins Oliveira – major que era das Forças Especiais
São Paulo
Amauri Feres Saad
José Eduardo de Oliveira
Paraná
Filipe Garcia Martins – ex-assessor para Assuntos Internacionais da Presidência
Minas Gerais
Éder Balbino
Mato Grosso do Sul
Laércio Virgílio
Espírito Santo
Ângelo Martins Denicoli
Outros que vão depor
Por outro lado, o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, disse que vai depor e vai falar aos investigadores. Torres participa de oitiva na mesma data do ex-chefe. Ele adotará a estratégia de dizer que não há crime em suas falas em reunião gravada em junho de 2022 e anexada às investigações.
Bolsonaro, aliados e ex-integrantes de seu governo foram alvos da Operação Tempus Veritatis, no dia 8 de fevereiro, com o cumprimento de mandados de prisão temporária e busca e apreensão. Eles são suspeitos de ter organizado uma tentativa de golpe no Brasil para reverter o resultado das eleições e a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).ação dos aparelhos.