A Receita Federal (RF) deflagrou nesta sexta-feira (19/9) uma megaoperação mirando o setor de importações de combustíveis.
Chamada de “Cadeia de Carbono”, a operação tem o objetivo de investigar crimes na comercialização e importação de combustíveis, petróleo e seus derivados. A ação foi deflagrada em 5 estados: Alagoas, Amapá, Paraíba, Rio de Janeiro e São Paulo. No Rio, foram retidas cargas de 2 navios de combustíveis, avaliadas em R$ 240 milhões.
Veja o vídeo da operação contra fraudes de combustíveis:
De acordo com a Receita, a operação tem objetivo de desarticular organizações criminosas especializadas na interposição fraudulentas utilizadas para ocultar os reais importadores e a origem dos recursos financeiros das operações. “Esse modelo sustenta crimes como lavagem de dinheiro, evasão de divisas e sonegação fiscal”, afirmou o órgão.
Leia também
-
Receita lança operação contra fraudes na importação de combustíveis
-
Receita prepara regra para coibir “fundos caixa-preta” da Faria Lima
-
Receita Federal: nova plataforma será 156 vezes maior do que o Pix
Segundo a pasta, a operação mobilizou 80 servidores da RF, apoiados por 20 viaturas em solo e recursos aéreos. A pasta afirmou que esse aparato garantiu suporte às diligências fiscais e reforçou a presença institucional em pontos estratégicos ligados à logística e à distribuição de combustíveis.
Veja imagens da megaoperação da Polícia Federal:
2 imagens
Fechar modal.
1 de 2
Operação da Receita Federal “Cadeia de Carbono” teve como alvo setor de importação de combustíveis
Divulgação/Receita Federal2 de 2
Operação da Receita Federal “Cadeia de Carbono” teve como alvo setor de importação de combustíveis
Divulgação/Receita Federal
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, falou sobre a operação nesta sexta-feira. Ele afirmou que as fraudes na importação podem atingir bilhões de reais do Brasil. “Como é uma prática rotineira desse esquema de corrupção, nós realmente estamos falando de bilhões de reais […] se for levar em consideração o esquema, quanto tempo ele vem driblando os mecanismos”, disse.
Ele apontou também que os estados são prejudicados por deixarem de arrecadar impostos com os combustíveis e a sociedade está sendo lesada e trocando “gato por lebre”.
Em nota, a Receita afirmou que mantém diálogo permanente com o Poder Judiciário, de modo a assegurar suporte legal e institucional às medidas de retenção, perdimento e responsabilização, fortalecendo a efetividade das operações e a proteção do interesse público.