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sábado, 22 fevereiro, 2025
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    HomeSaúdeVariação do colesterol pode aumentar risco de demência, diz estudo

    Variação do colesterol pode aumentar risco de demência, diz estudo

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    Um estudo realizado por pesquisadores australianos descobriu que grandes variações nos níveis de colesterol podem levar a um risco significativamente maior de idosos desenvolverem declínio cognitivo e demência.

    A pesquisa, publicada em janeiro na revista científica Neurology, foi feita a partir da análise dos dados de 9.846 pessoas com idade média de 74 anos. Os idosos acompanhados fizeram medições dos níveis de colesterol total, LDL e HDL e triglicerídeos anualmente, durante quatro anos. Eles também passaram por testes cognitivos.

    Os cientistas observaram que, do número total de participantes, 509 desenvolveram alguma forma de demência. Entre as pessoas do grupo com maior variação no colesterol total, 147 de 2.408 foram afetadas (11,3 casos por 1.000 pessoas/ ano de estudo). Já entre os voluntários com menor variação, 98 de 2.437 desenvolveram demência (7,1 casos por 1.000 pessoas/ ano de estudo).

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    No entanto, o que entendemos normalmente como colesterol é, na verdade, um somatório de diferentes tipos: os famosos HDL e LDL

    O LDL, conhecido como colesterol "ruim", quando está em níveis altos, pode formar uma placa nas paredes das artérias, dificultando ou impedindo a passagem do sangue
    Quanto mais elevadas as taxas de LDL, maior o risco de doenças cardiovasculares, como infarto e acidente vascular cerebral (AVC)
    Apesar de silencioso, alguns sinais podem dar indícios do problema
    São eles: xantelasmas e xantomas (pequenas bolinhas de gordura que aparecem na pele), dores na barriga, nos dedos dos pés e das mãos
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    O colesterol é um composto gorduroso essencial para produção da estrutura das membranas celulares e de alguns hormônios

    Sebastian Kaulitzki/Science Photo Library/Getty Images

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    No entanto, o que entendemos normalmente como colesterol é, na verdade, um somatório de diferentes tipos: os famosos HDL e LDL

    Getty Images

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    O LDL, conhecido como colesterol “ruim”, quando está em níveis altos, pode formar uma placa nas paredes das artérias, dificultando ou impedindo a passagem do sangue

    istock

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    Quanto mais elevadas as taxas de LDL, maior o risco de doenças cardiovasculares, como infarto e acidente vascular cerebral (AVC)

    VSRao/https://pixabay.com

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    Apesar de silencioso, alguns sinais podem dar indícios do problema

    Unsplash

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    São eles: xantelasmas e xantomas (pequenas bolinhas de gordura que aparecem na pele), dores na barriga, nos dedos dos pés e das mãos

    Getty Images

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    Para controlar o colesterol ruim é importante realizar, por exemplo, exercícios durante 30 minutos por dia, três vezes por semana

    iStock

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    Aumentar a ingestão de fibras solúveis, como farinha e farelos de aveia, que absorvem o excesso de colesterol no intestino e o eliminam do corpo

    Tatyana Berkovich/istock

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    Aumentar a ingestão de gorduras saudáveis, que estão presentes no azeite extravirgem e nos alimentos ricos em ômega 3

    iStock

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    E aumentar a ingestão de bebidas como chá-preto e suco de berinjela, que também ajudam no controle do colesterol

    Tatyana Berkovich/istock

     

    Ao levar em consideração outras variáveis que poderiam influenciar os resultados — como idade, tabagismo e pressão alta —, os pesquisadores observaram que pessoas com oscilações mais intensas no colesterol total apresentaram um risco 60% maior de desenvolver demência e 23% a mais de declínio cognitivo em comparação aos do grupo com menor variação.

    Ter oscilações no colesterol ruim (LDL) aumentou o risco de demência em 48% e de déficit cognitivo em 27%. Por outro lado, variações no colesterol bom (HDL) e triglicerídeos não tiveram associações significativas com demência.

    Limitações do estudo

    Os pesquisadores destacam que ainda não é possível estabelecer que as variações no colesterol podem causar demência. Porém, acreditam que essas oscilações podem afetar a saúde vascular cerebral, levando a prejuízos nos vasos sanguíneos e contribuindo para o aparecimento de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer.

    Eles reconhecem que o estudo teve algumas limitações. Não foram considerados fatores como alimentação, exercício físico e variações na dosagem de medicamentos para colesterol. No entanto, os cientistas defendem que monitorar as flutuações do colesterol pode ser uma estratégia para identificar idosos com maior risco de demência.

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