Home Saúde Usuários do Ozempic podem acabar comendo mais com remédio, diz estudo

Usuários do Ozempic podem acabar comendo mais com remédio, diz estudo

0

Embora tenha sido criado para o tratamento da diabetes, muitas pessoas consideram as injeções de semaglutida (Ozempic) uma fórmula mágica para o emagrecimento. A perda de peso de fato é uma consequência de seu uso off label, mas não faltam indicativos de que a medicação deve ser tomada com cuidado e que não está isenta de riscos.

Uma nova evidência foi adicionada à lista. Uma pesquisa do Deutsche Bank, instituição financeira alemã, entrevistou 600 americanos que tomavam (70%) ou já haviam tomado (30%) drogas como Ozempic ou Wegovy para entender suas consequências na alimentação. O levantamento descobriu que o remédio pode fazer o usuário comer mais.

Efeito rebote do Ozempic

Um dos efeitos esperados do Ozempic é a sensação de saciedade e a redução de apetite. O estudo apontou que 18% dos entrevistados passaram a comer “mais” e 17% “muito mais” depois de começar o uso do remédio. Já entre os que perceberam diferença no apetite, 30% comeram “pouco menos” e 22% “muito menos” que antes.

Além disso, algumas pessoas que deixaram de usar o remédio também sentiram efeito rebote com um rápido ganho de peso.

“Entre aqueles que já não tomavam GLP-1, 30% afirmaram que comiam mais do que costumavam antes de usar a medicação GLP-1”, afirmou o relatório divulgado à imprensa internacional.

O levantamento do banco aponta que os usuários que sofrem aumento do apetite tendem a sofrer efeitos sanfona mais intensos.


0

O que diz a fabricante?

A pesquisa feita pelo banco foi para orientar seus acionistas, já que as ações de empresas que produzem estes medicamentos, como a Novo Nordisk, criadora do Ozempic, estão alcançando preços cada vez mais altos.

Em comunicado enviado à imprensa americana, a Novo Nordisk reconheceu que seus medicamentos têm efeitos rebotes possíveis.

“Dados de nossos ensaios clínicos para Wegovy mostraram que os pacientes recuperam o peso quando param de tomar a medicação. Isto apoia a crença de que a obesidade é uma doença crônica que requer tratamento a longo prazo, tal como a pressão arterial elevada ou o colesterol elevado, para os quais a maioria dos pacientes permanece em terapia a longo prazo, a fim de continuar a experimentar os benefícios dos seus medicamentos”, defendeu a farmacêutica.

Siga a editoria de Saúde no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto!

NO COMMENTS

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here

Sair da versão mobile