O ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, chegou ao Senado nesta quinta-feira (15/5) para uma audiência na Comissão de Fiscalização e Controle, para falar sobre o escândalo que envolve o Instituto Nacional da Previdência Social (INSS), com descontos indevidos de aposentados.
Subordinado à pasta comandada por Wolney, o INSS foi alvo de um esquema revelado pelo Metrópoles em uma série de reportagens iniciadas em dezembro de 2023. As denúncias levaram à abertura de um inquérito pela Polícia Federal para investigar cobranças feitas por entidades registradas em nome de laranjas.
A sessão é semipresencial, ou seja, senadores também vão poder participar remotamente. A comissão é presidida por Dr. Hiran (PP-RR).
“Um assunto de extrema gravidade”, diz Wolney, ao apresentar o tema de sua apresentação à comissão. “Estou comprometido com esse espírito, com espírito desarmado”, afirma o ministro.
Acompanhe o depoimento de Wolney Queiroz:
Na sequência, o chefe da pasta começou sua apresentação aos senadores, em que ressaltou que irá “apurar até as últimas consequências” o escândalo do INSS.
No início de sua fala, o ministro fez uma linha do tempo da legislação sobre o tema dos descontos por entidades e explicou como será ressarcimento aos aposentados e pensionistas lesados pelas fraudes. Ele salientou que o governo agiu “com transparência”. “O compromisso do governo é com a proteção do cidadão, prioridade de proteger quem mais precisa. Houve atuação firme do governo, que agiu com transparência e vigor contra as fraudes”, diz Wolney.
“As fraudes não começaram neste governo, mas terminaram nele”, conclui o ministro da Previdência no Senado. Na sequência, a sessão foi aberta para perguntas dos senadores. O primeiro inscrito é o senador Sergio Moro (União Brasil). Moro faz uma pergunta de cunho pessoal, sobre a declaração de bens do ministro, e diz que lhe chamou a atenção o “grande volume em espécie” declarado pelo ministro ao Imposto de Renda.
O ministro da Previdência começa a responder a questão de Moro e ressalta que o valor em espécie é “lícito”. Neste momento, é interrompido pelo senador Jaques Wagner (PT). “Se a gente adentrar por essa linha, não fica bom”, diz Wagner.
Wolney também é do PDT e era secretário-executivo da Previdência sob a gestão de Carlos Lupi. Depois da saída de Lupi do cargo, o presidente Lula (PT) o escolheu para comandar a pasta.