O general Valério Stumpf Trindade pediu para não depor como testemunha do coronel Márcio Nunes de Resende, considerado um dos “kids pretos”, na ação penal do núcleo 4 que investiga uma suposta trama golpista para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder.
Stumpf foi indicado como testemunha do coronel em audiência marcada para a próxima terça-feira (22/7) no Supremo Tribunal Federal (STF). O general, em petição encaminhada ao ministro Alexandre de Moraes, salienta que não conhece o coronel e, por isso, pediu dispensa da oitiva.
“O peticionante não conhece, nunca interagiu, nem teve qualquer contato com o réu. Com efeito, requer-se, com fulcro no art. 400, §1º, do Código de Processo Penal, seja indeferido o requerimento de sua oitiva na qualidade de testemunha”, pediu o general.
O general é ex-chefe do Estado-Maior do Exército e chegou a ser alvo de apoiadores do ex-presidente por não ter aderido a um plano de golpe de Estado. Em mensagens analisadas pela Polícia Federal (PF) no telefone de militares, Stumpf era apontado até como um “informante” do ministro do STF e chamado de “leva e traz” do “ovo” — apelido dado por bolsonaristas a Moraes.
Antes de chefiar o Comando Militar do Sul, Stumpf foi secretário-executivo do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, em 2018, no fim do governo Michel Temer (MDB). Ele herdou o cargo então ocupado pelo general Marco Antônio Freire Gomes.
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General foi apontado por bolsonaristas como “informante” de Moraes
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Chefe do Estado-Maior do Exército, Valério Stumpf teve postura legalista contra golpe
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General Valério Stumpf Trindade, apontado por Mauro Cid como informante do ministro Alexandre de Moraes
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General Valério Stumpf Trindade, apontado por Mauro Cid como informante do ministro Alexandre de Moraes