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quinta-feira, 13 fevereiro, 2025
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    Ter uma vida social ativa pode atrasar início da demência em 5 anos

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    Visitar amigos, frequentar festas e participar de atividades religiosas pode ser mais do que um simples passatempo. Um novo estudo mostra que quem leva uma vida social ativa é capaz de viver cinco anos a mais sem ter indícios de demência.

    O número foi apresentado na pesquisa conduzida no Rush University Medical Center, nos Estados Unidos, e publicado na edição de janeiro da revista Alzheimer’s & Dementia.

    Segundo a investigação, idosos mais engajados socialmente podem adiar o surgimento da doença a partir do fortalecimento de seus circuitos neurais, constantemente estimulados com novas informações.

    Como a interação social protege o cérebro?

    Segundo o neurologista Bryan James, líder do estudo, o engajamento social dos voluntários se revelou capaz de deter até comprometimentos cognitivos leves.

    “A atividade social desafia adultos mais velhos a participar de trocas interpessoais complexas, o que poderia promover ou manter redes neurais eficientes em momentos em que é crucial conservá-las para não perdê-las”, disse James.

    O convívio e o engajamento com outras pessoas parecem tornar os circuitos neurais mais resistentes ao acúmulo de proteínas tóxicas e à deterioração da memória e pensamento, o que explica o efeito protetor.

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    Por ser uma doença que tende a se agravar com o passar dos anos, o diagnóstico precoce é fundamental para retardar o avanço. Portanto, ao apresentar quaisquer sintomas da doença é fundamental consultar um especialista

    Apesar de os sintomas serem mais comuns em pessoas com idade superior a 70 anos, não é incomum se manifestarem em jovens por volta dos 30. Aliás, quando essa manifestação “prematura” acontece, a condição passa a ser denominada Alzheimer precoce
    Na fase inicial, uma pessoa com Alzheimer tende a ter alteração na memória e passa a esquecer de coisas simples, tais como: onde guardou as chaves, o que comeu no café da manhã, o nome de alguém ou até a estação do ano
    Desorientação, dificuldade para lembrar do endereço onde mora ou o caminho para casa, dificuldades para tomar simples decisões, como planejar o que vai fazer ou comer, por exemplo, também são sinais da manifestação da doença
    Além disso, perda da vontade de praticar tarefas rotineiras, mudança no comportamento (tornando a pessoa mais nervosa ou agressiva), e repetições são alguns dos sintomas mais comuns
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    Alzheimer é uma doença degenerativa causada pela morte de células cerebrais e que pode surgir décadas antes do aparecimento dos primeiros sintomas

    PM Images/ Getty Images

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    Por ser uma doença que tende a se agravar com o passar dos anos, o diagnóstico precoce é fundamental para retardar o avanço. Portanto, ao apresentar quaisquer sintomas da doença é fundamental consultar um especialista

    Andrew Brookes/ Getty Images

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    Apesar de os sintomas serem mais comuns em pessoas com idade superior a 70 anos, não é incomum se manifestarem em jovens por volta dos 30. Aliás, quando essa manifestação “prematura” acontece, a condição passa a ser denominada Alzheimer precoce

    Westend61/ Getty Images

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    Na fase inicial, uma pessoa com Alzheimer tende a ter alteração na memória e passa a esquecer de coisas simples, tais como: onde guardou as chaves, o que comeu no café da manhã, o nome de alguém ou até a estação do ano

    urbazon/ Getty Images

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    Desorientação, dificuldade para lembrar do endereço onde mora ou o caminho para casa, dificuldades para tomar simples decisões, como planejar o que vai fazer ou comer, por exemplo, também são sinais da manifestação da doença

    OsakaWayne Studios/ Getty Images

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    Além disso, perda da vontade de praticar tarefas rotineiras, mudança no comportamento (tornando a pessoa mais nervosa ou agressiva), e repetições são alguns dos sintomas mais comuns

    Kobus Louw/ Getty Images

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    Segundo pesquisa realizada pela fundação Alzheimer’s Drugs Discovery Foundation (ADDF), a presença de proteínas danificadas (Amilóide e Tau), doenças vasculares, neuroinflamação, falha de energia neural e genética (APOE) podem estar relacionadas com o surgimento da doença

    Rossella De Berti/ Getty Images

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    O tratamento do Alzheimer é feito com uso de medicamentos para diminuir os sintomas da doença, além de ser necessário realizar fisioterapia e estimulação cognitiva. A doença não tem cura e o cuidado deve ser feito até o fim da vida

    Towfiqu Barbhuiya / EyeEm/ Getty Images

    Como foi feito o estudo?

    A pesquisa acompanhou 1.923 idosos, todos sem demência, com média de 80 anos. Eles foram avaliados ao longo de seis anos, por meio de questionários neuropsicológicos e exames de saúde anuais. Desse grupo, 545 desenvolveram demência e 695 apresentaram comprometimento cognitivo leve.

    A atividade social foi mensurada por meio de um questionário que avaliou a frequência de participação em seis tipos de atividades comuns, como visitar amigos, frequentar restaurantes ou eventos esportivos, ir à igreja, realizar trabalho voluntário, participar de jogos com amigos e fazer viagens.

    A função cognitiva foi analisada com 21 testes, que avaliaram memória, velocidade perceptiva e capacidade de localização espacial. Mesmo após ajustes para fatores como idade, nível de exercício físico e saúde geral, os mais socialmente ativos mostraram taxas menores de declínio cognitivo.


    Confira os resultados detalhados

    • Os dados mostram que idosos mais ativos socialmente têm um risco 38% menor de desenvolver demência.
    • Entre os mais ativos, a média de idade de diagnóstico com demência foi de 93 anos.
    • Entre os menos sociáveis, a idade média de diagnóstico foi de 89 anos.
    • Já o risco de sofrer comprometimento cognitivo leve nos mais ativos foi 21% menor.
    • O atraso no surgimento da doença pode gerar uma economia significativa, com 40% menos custos de despesas médicas nas três décadas finais de vida.
    • Ser socialmente ativo, segundo eles, também resultaria em três anos adicionais de vida.

    Futuras pesquisas feitas pelo grupo devem investigar se intervenções que promovam a socialização podem retardar ou prevenir o declínio cognitivo.

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