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Tarifaço: o que são reservas citadas por Lula e como podem ser usadas

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) citou, na noite de segunda-feira (7/4), a cifra das reservas internacionais para afirmar que o Brasil está seguro economicamente, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar tarifas contra o país.

Durante discurso em um evento no Centro de Logística do Mercado Livre, em Cajamar, São Paulo, o petista disse que o Brasil tem um “colchão de US$ 350 bilhões” que dá tranquilidade para o país enfrentar “qualquer crise”.

“Nós, pela primeira vez, fizemos uma reserva de US$ 370 bilhões, o que segura esse país até hoje contra qualquer crise. Mesmo o presidente [Donald] Trump falando o que quer falar, o Brasil está seguro porque nós temos um colchão de US$ 350 bilhões, que dá ao Brasil e ao Fernando Haddad [ministro da Fazenda] uma certa tranquilidade”, declarou Lula.

No entanto, segundo dados do Banco Central (BC), as reservas internacionais do Brasil estavam em US$ 336 bilhões no fim de março e não em US$ 350 bilhões, como sugeriu o presidente. Os US$ 370 bilhões foram alcançados em meados de setembro do ano passado, e o país manteve o colchão acima dos US$ 370 bilhões até o começo de outubro de 2024.

O que são reservas internacionais

As reservas internacionais são ativos (crédito) em moeda estrangeira, como dólar e euro, controladas pelo Banco Central e “prontamente disponíveis para uso”. A maior parte é mantida em dólares.

Elas funcionam como uma espécie de “poupança” para enfrentar crises externas e garantir a estabilidade econômica do país. Com esse colchão, o Brasil é capaz de defender a moeda nacional e lidar com choques externos.

Além disso, as reservas internacionais têm objetivos estratégicos, como dar confiança ao mercado de que o país será capaz de honrar os compromissos externos e fornecer suporte à execução das políticas monetária e cambial.

As reservas internacionais podem aumentar por meio de:

  • compras do BC no mercado de câmbio (incluindo compra de ouro do exterior e realização de swap cambial); e
  • resultado dos investimentos das reservas.

Conforme o BC, o investimento das reservas internacionais é realizado com o auxílio de técnicas de otimização risco-retorno de carteira, observados os critérios de segurança, liquidez e rentabilidade, priorizados nessa ordem.

O Relatório de Gestão de Reservas internacionais, publicado no fim de março, mostra que os investimentos das reservas internacionais são realizados, basicamente, em renda fixa. Essa aplicação é feita em títulos governamentais soberanos de:

  • governos locais;
  • títulos de agências governamentais de diferentes países;
  • títulos de organismos supranacionais; e
  • depósitos bancários a prazo fixo.

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