Superlotação, falta de informações e demora para o embarque são algumas das principais queixas de passageiros dos ônibus da capital da República. Os dados constam em um relatório preliminar de uma auditoria lançada pelo Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) para avaliar a qualidade e a segurança dos coletivos urbanos do transporte público.
A população ainda pode contribuir com o mapeamento. O relatório final será submetido ao plenário da Corte de fiscalização com sugestões de melhorias para o serviço prestado aos passageiros.
O escopo da pesquisa são as cinco concessionárias em operação em Brasília. A pesquisa já conseguiu colher os relatos de aproximadamente mil pessoas.
Assédio sexual
Os resultados preliminares indicam que 40% dos entrevistados já presenciaram assédio ou abuso sexual dentro do ônibus, e 37% das mulheres afirmaram ter sido vítimas de assédio ou abuso sexual nos coletivos.
Além disso 46% relataram ter presenciado furtos ou roubos, enquanto 23% já foram vítimas de ao menos um desses crimes dentro dos coletivos.
Espera de uma hora
O estudo também destacou a demora. Aproximadamente 50% dos usuários ficam mais de uma hora no ônibus. Entre as prioridades de melhoria desejadas pelos passageiros, 67% pediram o fim da superlotação.
Em segundo lugar, 58% pediram o fim da demora do tempo de espera. Em terceiro lugar, 48% desejam a pontualidade dos ônibus no horário programado, ou seja pontualidade.
Em quarto, 43% pedem viagens mais rápidas. Em quinto, 38% pediram melhoria na ventilação e temperatura dentro dos coletivos.
A pesquisa vai colher informações até o dia 28 de abril. Em 2024, o GDF gastou R$ 1,9 bilhão com o transporte público. O sistema teve 313 milhões de acessos de passageiros ao longo do período.
Segundo o presidente do TCDF, conselheiro Manoel de Andrade, a auditoria poderá ajudar na melhoria do serviço prestado aos passageiros. A corte de contas prepara uma outra pesquisa específica para avaliar a qualidade e segurança do Metrô.
“Se for comprovado o enriquecimento ilícito, o tribunal vai entrar de sola”, alertou o presidente do TCDF.
A população pode contribuir respondendo ao questionário da pesquisa neste link, pelo site do TCDF ou pelo QR Code de acesso disponibilizado nos terminais e ônibus da rede pública.