spot_imgspot_img
More
    spot_imgspot_img
    HomeBrasilSTF vai decidir se casais gays podem ter direito à licença-maternidade

    STF vai decidir se casais gays podem ter direito à licença-maternidade

    -

    O Supremo Tribunal Federal (STF) vai analisar se é possível conceder o período correspondente à licença-maternidade a um dos integrantes de um casal homoafetivo formado por dois homens. O tema será discutido com base no princípio constitucional da isonomia, que garante igualdade de direitos. O julgamento de mérito ainda será agendado.

    A questão será julgada no Recurso Extraordinário com Agravo (ARE) 1498231, que teve repercussão geral reconhecida (Tema 1435). Isso significa que a decisão do Supremo valerá como orientação para todos os tribunais brasileiros quando houver disputas semelhantes.

    O recurso foi apresentado por um servidor público de Santo Antônio do Aracanguá (SP), que vive em uma união homoafetiva e adotou uma criança. Ele solicitou que a licença-paternidade dele tivesse a mesma duração da licença-maternidade, benefício atualmente garantido a mães gestantes ou adotantes.

    O pedido, no entanto, foi negado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). A corte paulista entendeu que, na ausência de uma lei que preveja essa ampliação, a Justiça não poderia conceder o benefício, conforme estabelece a Súmula Vinculante 37 do próprio STF. Essa súmula proíbe que decisões judiciais criem ou ampliem vantagens com base apenas no princípio da isonomia.

    No recurso ao Supremo, o servidor alegou que a negativa do TJ-SP fere normas constitucionais de proteção à família, à criança e ao adolescente, além de contrariar o princípio da igualdade entre homens e mulheres.

    Leia também

    Entendimento do ministro Edson Fachin

    Ao se manifestar no plenário virtual, o presidente do STF, ministro Edson Fachin, destacou que a Corte já reconheceu situações semelhantes. O Tribunal já admitiu, por exemplo, a concessão de licença-maternidade a pais solo, e também autorizou que, em uniões homoafetivas femininas, o casal possa escolher qual das mães usufruirá do benefício.

    Fachin afirmou que o tema tem relevância jurídica, social, política, econômica e constitucional, e defendeu que o Plenário deve se pronunciar para dar estabilidade e uniformidade às decisões sobre o assunto.

    Segundo o ministro, é fundamental assegurar a igualdade de tratamento a todos os tipos de famílias, inclusive aquelas formadas por dois homens que exercem a função paterna.

    Willian Carvalho de Menezes
    Willian Carvalho de Menezes
    Jornalista Profissional (0014562/DF) e fotojornalista com 20 anos de experiência na cobertura de fatos que marcaram o Distrito Federal e o Brasil. Atualmente estou à frente do portal Clique DF, onde combino meu olhar jornalístico com a sensibilidade da fotografia para informar com responsabilidade, profundidade e compromisso com a verdade.

    Related articles

    LEAVE A REPLY

    Please enter your comment!
    Please enter your name here

    Stay Connected

    0FansLike
    0FollowersFollow
    3,912FollowersFollow
    22,700SubscribersSubscribe
    spot_imgspot_img

    Latest posts