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    STF ouve mais 21 em núcleo que teria usado máquina pública para golpe

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    No quarto dia de audiências com testemunhas dos réus dos núcleos 2 e 4, de ações que apuram suposta tentativas de golpe de Estado, o Supremo Tribunal Federal (STF) ouvirá mais 21 pessoas. Todas as testemunhas chamadas para esta quinta-feira (17/7) são do coronel do Exército e ex-assessor de Jair Bolsonaro (PL), Marcelo Câmara.

    O militar integra o núcleo 2 da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre a tentativa de golpe de Estado. O grupo, formado por mais cinco réus, é acusado de elaborar a chamada “minuta do golpe”, monitorar o ministro Alexandre de Moraes e articular ações com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) para dificultar o voto de eleitores do Nordeste nas eleições de 2022.

    Além dos 21 nomes já previstos para prestar depoimentos, a defesa de Câmara manterá as tentativas de ouvir o delegado de Polícia Federal Fabio Shor. Responsável por colher depoimentos em interrogatório policial e por indiciar Jair Bolsonaro (PL), Shor foi indicado como testemunha para essa quarta-feira (16/7), mas não compareceu. Ela seria testemunha de Filipe Martins e de Marcelo Câmara. Ambos disseram não abrir mão de ouvi-lo.

    O ministro Alexandre de Moraes chegou a dizer durante a audiência que intimaria Shor. Depois, mudou de ideia e disse que era de responsabilidade das defesas levar suas testemunhas aos depoimentos. Assim, os advogados têm até o dia 21 para conseguirem ouvir Shor e fazer questionamentos sobre as investigações.

    Câmara está preso por determinação de Moraes. O ministro embasou a prisão ao alegar que Câmara acessou informações sigilosas sobre a delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência da República. Alegou ainda que o ex-assessor de Bolsonaro descumpriu uma medida cautelar que o proibia de usar redes sociais, mesmo com a intermediação de advogados.

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    O advogado do militar informou ao Supremo que foi procurado pelo ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid, por meio das redes sociais. Para o ministro, ao interagir com Cid, o defensor “transbordou ilicitamente das obrigações legais de advogado”. Moraes também determinou a abertura de um inquérito para apurar a tentativa de obstrução da investigação da trama golpista.

    A defesa de Câmara argumenta que a “quebra das medidas cautelares seria impossível, dado que as conversas usadas como embasamento para prisão foram de janeiro até março e as cautelares aplicadas apenas em maio”.

    Veja testemunhas indicadas por Marcelo Câmara para serem ouvidas por videoconferência nesta quinta-feira (17/7):

    Osmar Crivelatti
    Luiz Antonio Nabhan Garcia
    Luiz Carlos Pereira Gomes
    Sergio Cordeiro
    João Henrique Nascimento Freitas
    Andretti Soldi
    Marcelo Zeitoune
    Nilton Diniz Rodrigues
    Fabio Liti
    Amaury Ribeiro Neto
    Anderson Ferreira
    Renato Pio da Silva
    Fábio José Pietrobon Bauer
    Wilson dos Santos Serpa Junior
    Auto Tavares da Camara Junior
    Igor Heidrich
    João Paulo Vieira Almeida
    Dhiego Carvalho Santos Rocha
    Elias Milhomens de Araujo
    Itawan de Oliveira Pereira

    Os réus respondem a ação penal pelos crimes de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, participação em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

    Réus do núcleo 2

    • Silvinei Vasques – ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na gestão de Bolsonaro;
    • Fernando de Sousa Oliveira – ex-secretário-adjunto da Secretaria de Segurança Pública do DF;
    • Filipe Garcia Martins Pereira – ex-assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência;
    • Marcelo Costa Câmara – coronel do Exército e ex-assessor de Bolsonaro;
    • Marília Ferreira de Alencar – delegada da Polícia Federal e ex-subsecretária de Segurança Pública do Distrito Federal; e
    • Mário Fernandes – general da reserva do Exército e “kid preto”.
    Willian Carvalho de Menezes
    Willian Carvalho de Menezes
    Jornalista Profissional (0014562/DF) e fotojornalista com 20 anos de experiência na cobertura de fatos que marcaram o Distrito Federal e o Brasil. Atualmente estou à frente do portal Clique DF, onde combino meu olhar jornalístico com a sensibilidade da fotografia para informar com responsabilidade, profundidade e compromisso com a verdade.

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