Goiânia – As gêmeas siamesas Eliza e Yasmin, que passaram por uma cirurgia de separação de urgência nessa terça-feira (13/5), têm quadro grave e respiram com ajuda de aparelhos. Segundo o Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad), elas respiram por ventilação mecânica por estarem sob sedativos que ajudam as bebês a se recuperarem e não sentirem dores nos primeiros dias após a cirurgia.
De acordo com a nota do Hecad, as irmãs seguem sob observação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da unidade de saúde, com estabilidade clínica.
As meninas, que nasceram em Manaus (AM), unidas pelo tórax e pelo abdômen, foram separadas na capital goiana.
Sucesso no procedimento
Segundo o Hecad, a cirurgia de separação das siamesas teve cinco horas de duração e foi finalizada com sucesso. O procedimento envolveu a separação do fígado e a reconstrução das estruturas abdominais. Logo em seguida, as duas foram encaminhadas para a UTI da unidade.
Ainda de acordo com a unidade de saúde, o ideial seria esperar que as meninas estivessem com, pelo menos, três meses de vida para a realização da cirurgia, para que tivessem peso e imunidade, bem como o esquema vacinal completo, no entanto, a cirurgia foi necessária diante do quadro respiratório agravado de uma delas.
Recém-nascidas
As meninas nasceram em Manaus (AM) e foram transferidas para Goiânia no último dia 24 de abril, com a utilização de uma UTI aérea providenciada pelo governo do Amazonas.
Responsável pela cirurgia, o médico Calil disse em suas redes sociais que já conhecia o caso das gêmeas por fotos e vídeos. De acordo com ele, Goiás é referência nesse tipo de tratamento.
Esta foi a 24ª cirurgia de separação de gêmeos siameses realizada pelo médico goiano. Mais uma vez, Calil terá a participação do filho Rogério Hamu, cirurgião plástico encarregado do fechamento e finalização do procedimento.
