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Saiba o que acontece com o seu corpo quando você dorme pouco

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Uma boa noite de sono é fundamental para o equilíbrio físico e mental. A privação do sono, seja causada por insônia ou outros fatores, pode desencadear uma série de problemas graves para a saúde.

De acordo com o neurologista e especialista em transtornos do sono André Ferreira, do Hospital Santa Lúcia, em Brasília, a falta de descanso adequado aumenta o tempo de vigília, gera cansaço extremo, irritabilidade e pode contribuir para o desenvolvimento de ansiedade e depressão.

“Sem um sono adequado, o cérebro luta para funcionar corretamente. Com os neurônios sobrecarregados, o desempenho cognitivo é comprometido, já que não há tempo para a recuperação necessária”, explicou o especialista em entrevista anterior ao Metrópoles.

O médico alerta que o cérebro não possui mecanismos compensatórios para suprir a privação de sono, o que resulta em uma pressão fisiológica crescente para dormir.

“Um dos primeiros efeitos de uma semana sem dormir é a perda de atenção. Os pacientes frequentemente relatam cansaço extremo, sonolência durante o dia e, em casos mais graves, outros prejuízos cognitivos”, destacou André.

Veja o que pode acontecer com o corpo quando você dorme pouco

  • Inflamação crônica: dormir pouco provoca uma inflamação generalizada no organismo, afetando a eficiência do sistema imunológico. Estudos mostram que a privação de sono reduz a produção de anticorpos e prejudica a resposta imunológica a vacinas;
  • Desregulação metabólica: a falta de sono interfere no metabolismo, eleva os níveis de cortisol, aumenta a resistência à insulina e altera os hormônios que controlam a fome e a saciedade (leptina e grelina);
  • Maior risco de doenças: a privação crônica de sono pode contribuir para o surgimento de obesidade, hipertensão e diabetes;
  • Impactos emocionais e cognitivos: quem dorme pouco frequentemente enfrenta dificuldade de concentração, aumento de emoções negativas, como irritabilidade e ansiedade, e prejuízos na memória e desempenho cognitivo.

Quantas horas de sono são o suficiente?

De acordo com a nutricionista Priscila Gontijo, da empresa Puravida, o ideal é dormir, no mínimo, sete horas de qualidade por noite.

“Um cérebro descansado tem maior capacidade de concentração. A privação do sono reduz o desempenho cognitivo porque o armazenamento de aprendizados e memórias ocorre justamente durante o período de descanso noturno. Quem dorme bem apresenta melhor foco, memória ativa, maior produtividade e concentração”, explicou Priscila em entrevista anterior ao Metrópoles.

Mulher dormindo na cama e sorrindo

Benefícios de uma boa noite de sono

Segundo a especialista, uma noite reparadora reflete diretamente no bem-estar físico e mental, trazendo vantagens como:

  • Mais disposição: dormir bem é como recarregar uma bateria. Quanto melhor o sono, maior a energia para enfrentar o dia;
  • Melhor desempenho físico: a qualidade do sono impacta diretamente o rendimento em atividades físicas.

“Dormir é essencial para renovar o corpo e a mente. Quanto mais restaurador for o descanso, mais disposição a pessoa terá”, conclui Priscila.

Confira algumas estratégias para melhorar a qualidade do sono

  • Ter bons hábitos alimentares;
  • Não beber e não fumar;
  • Tomar café somente pela manhã;
  • Fazer refeições leves antes de dormir;
  • Ir para cama somente com sono;
  • Não cochilar durante o dia;
  • Dormir e acordar no mesmo horário inclusive nos fins de semana;
  • Evitar o uso de telas pelo menos 90 minutos antes do horário de dormir.

O neurologista alerta que se a qualidade do sono não melhorar, é importante procurar ajuda médica.

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