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quinta-feira, 13 março, 2025
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    HomeBrasilRui Falcão ameaça embolar ainda mais disputa interna do PT

    Rui Falcão ameaça embolar ainda mais disputa interna do PT

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    O deputado Rui Falcão (PT-SP) publicou uma carta aberta ao partido nesta quarta-feira (12/3) falando sobre a eleição interna da sigla, dando sinais de que pode se colocar como candidato à presidência do PT e embolar ainda mais a disputa interna da legenda. Ele já comandou o partido de 2011 a 2017, antes de Gleisi Hoffmann o suceder.

    Atualmente, o nome do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o comando da sigla a partir de julho é o do ex-prefeito de Araraquara (SP) Edinho Silva.

    Porém, o candidato de Lula enfrenta resistências de diferentes correntes do PT, inclusive da sua, que é a Construindo um Novo Brasil (CNB), a majoritária do partido. Um dos principais motivos envolve a tesouraria da sigla, que Edinho quer mudar caso assuma o PT. A atual tesoureira, Gleide Andrade, aliada de Gleisi, é uma das contrárias à candidatura.

    O ex-presidente do PT criticou em sua carta a divisão interna do partido por cargos na direção. “Não podemos nos aprofundar numa disputa que vise apenas a conquista de cargos e espaços de poder”, declarou.

    Na carta publicada, Rui Falcão faz acenos à esquerda da legenda. “A companheira Gleisi Hoffmann, ao me suceder na presidência do PT, conduziu com coragem a resistência à extrema direita e a preparação de nosso partido para a sucessão presidencial de 2022. Após a vitória, sempre foi uma referência no enfrentamento ao reacionarismo e no fortalecimento da esquerda dentro do próprio governo”.

    Um das defesas de Edinho é levar o PT mais ao centro, medida criticada por alas do partido e por Falcão em sua carta. O petista criticou o que chamou de “despolarização”. Segundo o ex-presidente da sigla, o PT não pode ser reduzido a “um braço institucional do governo de frente ampla”.

    “Nosso partido deve rechaçar os apelos à despolarização, palavra da moda que significa levar-nos a uma transição efetiva para o centro, com um forte rebaixamento ideológico, programático e organizacional. A construção de coalizões para vencer as eleições e governar não pode ser vista como contraditória com a disputa pública de hegemonia pelos partidos do campo popular”, declarou.

    “Partido de massas”

    Rui Falcão disse que existe sim um problema do partido em saber comunicar pelas redes sociais, e destacou que a sigla precisa se reconverter e ser um “partido de massas”.

    “Para cumprir suas tarefas históricas, o PT precisa se reconverter em um partido de massas, mesclando a concorrência eleitoral com a incorporação de amplas frações do povo à luta política. Sabemos o caminho das pedras”, ressalta.

    E completa: “Aprendamos com as igrejas evangélicas: o PT somente será hegemônico quando, ao lado de cada templo, em cada bairro, houver uma sede partidária aberta às mais distintas atividades políticas, culturais e recreativas. Não basta abrirmos comitês somente em época eleitoral, a cada dois anos. Temos que estar inseridos diretamente na vida do povo e de suas organizações”.

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