Após prender um homem acusado de torturar a própria enteada, de 4 anos, a Polícia Civil do Rio (PCRJ) investiga a mãe da criança por possível omissão de socorro. Segundo a 37ª DP (Ilha do Governador), a mulher negou ter cometido qualquer agressão contra a criança e não foi presa, mas os agentes da unidade estão apurando se houve alguma negligência de sua parte em relação às sessões de tortura pelas quais a menina passava com o padrasto. O caso aconteceu em em Paciência, na Zona Oeste do Rio.
A criança está internada em estado grave no Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (IPPMG) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ela chegou ao local com um quadro de perfuração intestinal, fratura no braço, hematomas pelo corpo e sepse abdominal. De acordo com investigações iniciais, há indícios de que a menina foi submetida a diferentes formas de tortura física, que incluem desde socos a ingestão de fezes humanas.
Segundo a Delegacia que investiga o caso, trocas de mensagens entre a mulher e o acusado indicam que ela sabia das agressões e teria confrontado o homem em pelo menos uma ocasião de violência contra a criança. A Polícia apura por que motivo a mulher deixou a criança dormir sozinha com o padrasto, que já tinha anotações criminais por violência doméstica e por importunação sexual contra uma menina de doze anos. Ele está preso desde a noite de sexta-feira (16/5).
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