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RJ: após melhora, jovem baleada na cabeça por PRFs inicia reabilitação

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Juliana Leite Rangel, de 26 anos, que foi atingida na cabeça por um tiro de fuzil durante uma ação da Polícia Rodoviária Federal (PRF), enquanto a família ia para uma ceia de Natal, na noite do dia 24 de dezembro, no Rio de Janeiro, iniciou o processo de reabilitação psicomotora após uma melhora em seu quadro de saúde. A jovem está “sem sinais de sequelas permanentes irreversíveis”, afirma o boletim médico.

Divulgado nesta terça-feira (7/1), o documento ainda afirma que Juliana, do ponto de vista neurológico, tem progredido em nível de consciência, sem novos déficits, com melhora clínica e laboratorial mantidas. Além disso, a jovem está recuperando as funções motoras e cognitivas, sem sinais de sequelas permanentes irreversíveis.

De acordo com os médicos, o processo de reabilitação psicomotora seguirá de acordo com a tolerância da paciente, que continua em terapia intensiva, acompanhada pelo serviço de neurocirurgia e psicologia em conjunto com equipe multidisciplinar.

Juliana Rangel não tem previsão de alta do Centro de Terapia Intensiva (CTI).

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Juliana (esq.) com a mãe Dayse (dir.)

Arquivo pessoal

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Reprodução

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Vídeo feito após a ação mostra reação de familiares da vítima

Reprodução/Redes sociais

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Juliana Leite Rangel, de 26 anos, foi baleada em uma abordagem da PRF

Reprodução/TV Globo

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Jovem estava no carro junto com a família no Rio de Janeiro

Reprodução/TV Globo

Ao Metrópoles, Dayse Rangel, mãe de Juliana, afirmou estar muito feliz com a recuperação da filha. “Muita benção e muita oração. Cada coisa que ela faz, mesmo que seja pequena, a gente comemora”, conta. A jovem se recupera bem e interage com o olhar e com a cabeça, já conseguindo mover de leve as mãos, de acordo com Dayse.

Ainda de acordo com a mulher, Juliana não se lembra de nada que aconteceu na noite em que foi baleada por agentes da PRF. “A gente pergunta se ela lembra de alguma coisa e ela sinaliza que não [com a cabeça].”

Relembre o caso

Na noite de véspera de Natal, 24 de dezembro, Juliana Leite Rangel, de 26 anos, junto com o pai, a mãe, o irmão e a cunhada, seguia até a casa de uma das irmãs para a ceia. Entretanto, ao passar pela rodovia Washington Luís, em Duque de Caxias, todos foram surpreendidos por policias rodoviários federais, que efetuaram disparos de arma de fogo contra o carro da família.

Juliana foi atingida por um tiro de fuzil na nuca e o pai, da Silva Rangel, na mão. De acordo com a mãe de Juliana, Dayse Rangel, de 49 anos, os PRFs Camila de Cassia Silva Bueno, Leandro Ramos da Silva e Fábio Pereira Pontes, envolvidos na abordagem, acusaram a família de estar atirando contra a viatura. Porém, ao perceber a aflição de Dayse, os policiais teriam se desesperado.

“Eles pegaram a minha filha e botaram a mão na cabeça, se jogaram no chão e começaram a bater no chão, ficaram andando de um lado para o outro, vendo a merda que fizeram com ela. Eles nem para socorrer a minha filha. Eles não socorreram”, relembra Dayse.

Juliana foi socorrida por policias militares que passavam no local e levada ao Hospital Municipal Adão Pereira Nunes, onde segue internada em estado gravíssimo.

Ao Metrópoles, a mãe de Juliana relatou que os policiais atiraram contra a família para matar e que era para todos que estavam no carro terem morrido. “Era para a gente estar todo mundo morto. Eles já deram tiros para matar todo mundo, cara. Te juro, eles alvejaram o carro, a gente abaixou, mas ela não abaixou. O tiro pegou na nuca dela”, relatou.

Segundo a mãe, os policiais, em nenhum momento, pediram para o carro da família parar.

Os policiais foram afastados das atividades operacionais por um período de 30 dias e serão investigados pelo Ministério Público Federal (MPF).

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